Completude
Que destino é esse que nos faz incompletos,
Dá-nos com a vida um significado inexato,
Dota-nos de sentidos, desejos, ai: tato!
E nos lança ao mundo a procura de afeto?
Que loucura, que demência me banha a alma!
Toda vez que sinto a tua presença
É como se o ar à minha volta tomasse consciência
E vibrasse de delírio, de deleite e de calma...
A resposta portanto não pode ser outra
Senão que o destino é firme e certo em teu abraço
E o intento doce e pleno em tua boca.
O tempo, infindável em si mesmo,
Cede agora e rui frente à nossa clara atitude.
O que busco em ti e o que anseias em mim: completude.