Lingüiças virtuais procês. Porque assunto não falta, mas eu ando sem cabeça ou vontade pra tocar em alguns temas — sim, eu também tenho privacidade.
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“Eu, eu, eu… o Severino se fodeu!” — tomara, ah, meu deus, tomara!
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“Eu, eu, eu… o Maluf se fodeu!” — rapaz, tomara demais, mil vezes, amém!
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Depois de três semanas — duas e meia, vai, que esta última foi bem miguelada — o povo da academia resoveu marcar minha avaliação física. Pra quê diabos eu não sei, só se for pra ver se eu tô vivo ou fazer teste de resistência de materiais porque já tive dor, já tive preguiça, já querem me incluir em revezamento — 24h nadando em equipe, tô fora! —, já montei meus treinos, etc. Só os meus tendões eu ainda não me convenci de que existem: essa história de abre-as-pernas, estica-e-puxa, deita-sobre-a-perna-direita e segura-a-ponta-do-pé-com-as-DUAS-mãos é algo muito abstrato pra mim. Eu digo, alongamento é uma questão de fé — martírio?
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Eu tenho um blog secreto, sabia? Não, claro que não, ninguém sabe e ele tem senha. Porque tem vezes que eu preciso verbalizar mesmo o que é indizível e que é só meu, o que não tem ou não encontra eco e substância, o que machuca, o que me machuca e foge a qualquer princípio de razão — memórias emocionais, embora eu ache que quase todas elas o são. Transcrevo tudo lá, onde posso revisitar, onde não vai machucar ninguém, pra quando não mais me machucarem. Um caderninho, mas esse não tem chance de eu perder. São meus diários de montanha-russa.
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A vida traz muitas cores e eu aprendo a misturá-las sem borrar tudo ao meu redor. Não vou dizer que eu consigo, nem que é fácil, mas eu tento — tenho que tentar.