Parabéns a você

E por falar em presente:

FELIZ ANIVERS�?RIO, LUCINHA!!!

Pra você, minha cafeinada amiga,
muita felicidade, muita alegria
mas, principalmente,
que não te falte nunca
muito amor,
muita vida!

“Pensou que eu não vinha mais, pensou
Cansou de esperar por mim
Acenda o refletor
Apure o tamborim
Aqui é o meu lugar
(você sabe que) Eu vim…”

céu em transe

Que delícia! Ser acordado com um presente chegando via correio. :) A melhor coisa!

“Astrologia é analogia. E analogia é metáfora. E metáforas são verdades. Maneira de relacionar coisas com pessoas. Climas com jeitos. Bestas com gente. E assim, dizem alguns, conter o caos pra lá de irriquieto. Mas antes de aplacar o caos, a falta de sentido, estabelecer analogias é propiciar o belo (ou o próprio caos), bater uma bola com aquilo que nos fita, clicar sentidos de modo que as coisas ganhem outros significados ou percam aquele que não desgruda nem a paulada.”

Pelo simples prazer de olhar as coisas. Não querendo aplacar o caos.

Cada olho fotografa. Por isso, pra mim a cebola parece uma usina d’água. O ar guarda fantasma do cigarro. A nuvem tem forma de chão. E o fogo lembra o suor ou o estopim do mundo. O óbvio.”

(céu em transe, joão acuio)

Sempre tive muita curiosidade acerca de oráculos. Mantive meus ouvidos sempre atentos para a voz de uma possível sibila a me contar talvez segredos, talvez notas de um conhecimento invisível aos olhos. Curiosamente, sempre fui ritualisticamente rebelde, difícil de me enquadrar em seita ou conceito. E mais, se o horóscopo me dizia para levar um guarda-chuva, vestia regata. Profundamente apaixonado e argumentativo mantenho, na minha inerente teimosia, os dois pés no chão e a cabeça nas nuvens — coerentemente, um taurino (asc.: sagitário; lua: câncer) descrito.

Há pouco tempo, no entanto, comecei a virar meus ouvidos para mim, em vários níveis. Ouvir-me, mais do que falar a mim, veio como um processo cheio de vivências e pontuado por pessoas das mais queridas. Contato, interior, auto-conhecimento para que sejam possíveis (melhor) contato, exterior, conhecimento.

Ela virou meus olhos para a astrologia como um princípio estatístico, desmistificado, crível. Aqui tenho encontrado personalidade no assunto. No presente — e no dado momento — folheio por belas páginas que procuram “aproximar as linguagens da Astrologia com a da cultura pop”. Adorei o presente.

Há um porém:

“Faltou apenas falar do outro lado deste signo, o da psicologia da amante que bate e faz suar os taurinos. Mas vou deixar você com água na boca, mordendo o lábio, porque essa história a gente conta outro dia. Quando a noite deitar sobre a lua.” (A ciranda zodiacal — Touro, p. 19)

Como alguém, em sã consciência, tem coragem de fazer isso com a curiosidade de um taurino?! Seria o sadismo uma das faces ocultas de todo bom virginiano? ;)

Show

Banda Comadre Fulozinha faz show hoje no Oficina
da Folha de S. Paulo

Eu vou demais! :)
Mais alguém interessado?

Onde: Teatro Oficina (r. Jaceguai, 520, Bexiga, tel. 11 3106-2818)
Quando: hoje, às 21h
Quanto: R$ 10

Cisma

Não! Eu não gosto de ver pessoas que eu conheço, gosto, amo, pessoas amigas, minhas amigas se desentenderem, brigarem e trocarem recados que envenenam — na minha opinião — as pessoas ao redor. Principalmente quando não tenho nada a dizer sobre uma ou sobre outra, pois ambas sempre me trataram com extremo carinho, respeito e simpatia.

Sim, estou em cima do muro e cá vou ficar, simplesmente porque dos fatos não sei se conheço as duas versões — não, não acho que as coisas sejam simples, justamente porque envolvem comunicação de partes distintas, interpretações diferentes, opiniões diversas e eu (se há alguém) não estou apto para julgar ninguém.

Aprendi — principalmente com ela — que tenho que dizer o que acho sobre alguém próximo a mim primeiramente para a pessoa em questão. E se a história não é comigo, tanto pior, acho que devo calar: engulo a irritação que pode embotar minha própria visão dos fatos. Há um perigo muito grande, talvez não no que é dito, mas quase sempre no tom que a voz ou as letras carregam — já fui muito criticado por isso. Sempre há muito distúrbio na comunicação que se espalha à boca pequena.

E aprendi por conta dos meus próprios tropeços que devo me manter fora, sempre que possível, de conflitos que, pela natureza afetiva, exigem de mim uma postura unilateral. Meus ombros são vastos e são dois, mas não podem ser separados da cabeça.

Não há juiz universal, júri infalível, virtude inabalável ou crime sem perdão — assim fosse, calava todas as bocas até a hora certa do veredicto. Sei que sou diplomático por natureza, mas não o faço por fraquejo ou interesse, mas por temor à minha própria predisposição a ser categórico, o que me deixa a um passo muito pequeno da injustiça.

Líqüido

(…)
Senhora dos teoremas e dos relâmpagos marinhos
Senhora das tempestades e dos líquidos caminhos
Quando tu chegas, dançam as divindades
E tudo é uma alquimia
Tudo em ti é milagre
Senhora da energia!

Maria Bethânia em tarde chuvosa.
A força da água me impele por todos os lados.
Depois eu não sei por que me arrpeia o corpo,
Dos pés à nuca!

Hidro-alucinação

Eu acho que vi um peixe no meu jardim…

Pedrão, diga-me uma coisa: você nunca ouviu falar na seca do Nordeste não, hein? Nunca percebeu uma certa movimentação de pessoas em prece por ali, mãos desesperadas erguidas aos céus, coisa e tal? Pedrão? Pedrão?! Ô, PEDRÃO?! T�? SURDO, PEDRÃO?!!!

Alegre tristeza

Tô triste dentro da minha alegria. Tô alegre dentro da minha tristeza. Feliz com a data que se aproxima, com a possiblidade de tantos amigos reunidos e puto com a impossibilidade de estar junto, fisicamente junto. Porque não posso. Ponto. Basta olhar meu extrato, pensar nos meses seguintes que a lógica se faz cruel: não dá! Merda! Mil vezes merda!

Mas não convém burlar o (raro) surto de responsabilidade financeira, tampouco me lamuriar por ficar em SP, pois não posso reclamar da sorte. Tive dias só meus, dos quais acho que somente eu sei o quanto precisava, e não os trocaria. Se não agora, volto depois. E volto melhor e mais lindo, isso é certo!

Além do mais, a ocasião é festiva. Aniversários são motivos de alegria, de celebração e renovação da vida. Se não posso estar, mando em espírito. Dou um arco-íris no meu canto: minha mágica.

E não deixo de acreditar em pequenos milagres de última hora. Quem sabe?

Horoscopum

Taurus
Motivational phrases: Where there’s a will, there’s a way, necessity is the mother of invention, a journey of a thousand miles must begin with a single step. Select the one that does it for you – or is most relevant to your specific situation – and then use it as your mantra du jour for a pick-me-up.

Dá uma raiva quando eu leio o horóscopo e parece que eu estou lendo um biscoito da sorte…

O dia de hoje para você
A harmonia entre a Lua e o seu Sol natal diz a você que não avalie o sucesso ou o fracasso da sua vida profissional apenas do ponto de vista material. Quando o estresse e a irritação estiverem muito fortes, busque um lugar de recolhimento e de oração. De lá, você vai ver que as coisas são muito mais simples do que parecem…

A semana para Touro
O encontro entre Vênus e Plutão e entre o Sol em Netuno vão desafiar o seu famoso espírito prático e colocar em cheque as certezas que tem guiado as suas decisões mais importantes. Sem nenhum motivo concreto, você pode se sentir atraído por pessoas ou situações muito diferentes das que você costuma gostar. Não deixe a insegurança ou o medo do futuro impedirem você de tentar ser feliz de verdade. Pelo menos uma vez na vida, todo mundo tem o direito de viver uma grande aventura. Confie na sua intuição e experimente saltar sem a rede.

Assim está melhor… mas o que eu estou dizendo? “Saltar sem a rede”?!! Bem… vamos lá, né? Já não era sem tempo.

Clarear

Pra clarear o dia que vem. Só porque falaram de Clara Nunes.

Amor Perfeito
(Ivor Lancellotti – Paulo César Pinheiro)

O meu amor vê teu amor assim
Assim como um jardim
De flores novas
Por teu amor o meu amor sem fim
Plantou dentro de mim
Um pé de trovas
E cada verso é um botão-de-flor
Anunciando, amor,
A primavera
Que faz do tempo uma quimera
E a nossa vida mais sincera
E o nosso amor um grande amor

Teu coração, jardim dos meus jardins,
Me cobre de jasmins
Cravos e rosas
Meu coração, teu carrilhão de sons,
Te enfeita de canções
Versos e prosas
Cada canção é feito um beija-flor
Beijando o meu amor
Em nosso leito
Fazendo um ninho em nosso peito
Um ninho, amor, de amor perfeito
E desse amor, perfeito amor

Desejo

Apenas meu extrato — e uma barra de chocolate — me impedem de sair correndo e ir comprar minha passagem para Angra. A (minha) causa é nobre, mas duvideodó que sirva de atenuante — o que dizer de ser inocentado? — em um assalto a banco.

Isso, aliado ao fato de que eu comi o dia inteiro, o que devia, podia e o que não devia, tampouco podia, me leva a um ato de extremo desespero:

SÃO PEDRO, PELAMORDEDEUSNOSSOSENHORJESUSCRISTODENANAREEEEÉ!!!
DAI-ME UM POUCO DE SOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL!!!

E olha que eu nem dou muita bola pra esse panteão.

Joe Cool’s Blues

Para um dia cinzento como esse: Joe Cool’s Blues.
Marsalis, pai (Ellis) e filho (Wynton), septeto e trio tocando as músicas compostas por Wynton e as originais, compostas por Vince Guaraldi, para a série veiculada na televisão.

Isso, um pouco mais de frio, um edredom ou lareira, um vinho, um queijo e boa(s) companhia(s) e pronto, eu esqueço da chuva! ;)

“Little Birdie
Why do you fly upside down?
It—s a amazing…at the way you get around

Little Birdie
Why d— you worry like you do?
Don—t you worry…you just do what you can do…”

O jazz de Peanuts em grande estilo: “Good grief!”

Dúvida cruel

Eu, conversando com uma amiga envolvida nessa coisa toda de moda do São Paulo Fashion Week, via ICQ:

— Explica pra mim: como é que as modelos vão segurar o penteado com esse tempo? Scott Gard?
— *rindo* Que nada, os cabeleireiros detonam os cabelos com muuuuuuuuuuiiiiiiiiiito, muuuuuito spray! E os desfiles duram de 20 a 30 min, numa sala fechada, com ar condicionado.

Eu me sinto tão suburbano nessas horas…

Classificados

— Vendo guarda-chuvas, capas, kits para cultura hidropônica, tira-mofos ou rodinhos.
— Limpo calhas, telhados, carpetes alagados e garagens.
— Vendo cogumelos. Cultivo próprio — digo, na minha própria porta!
— Faço boia-cross nas corredeiras da Av. Brigadeiro Luiz Antônio e mergulho no Vale do Anhangabaú.

E (taquiospa!) chove…

Rasteira

Vai, inconsciente! Derruba mesmo, passa a rasteira! Aproveita e pisa em cima, pula com os dois pés e entra de sola de uma vez. :P

Eu tinha oito filmes pra escolher. OITO! Fui escolher qual? Spider (2002). O (meu) fato é que, justamente porque o filme trata de um persongem esquizofrênico, passei o filme inteiro vendo manifestações de um ego doentio e inferindo sobre aquele inconsciente. Foi como assistir ao filme com os sentidos exaltados! Sinais por todos os lados, em cada cena. Tudo conectado em uma teia.

Eu adorei. O desempenho de Ralph Fiennes e de Miranda Richardson está impagável. Ela conseguiu me enganar até o fim do filme, de tão absorto que eu fiquei.

PS: Estou falando do filme nos comentários, então NÃO LEIA se não viu o filme.

Avenida filosofal

As luzes de sódio da Avenida Paulista
transmutam as gotas que dançam em meus olhos
em chuva dourada: pura alquimia.

E chove…

Cinema

Eu não sei quanto a vocês, mas meu incenso de ylang-ylang acabou e eu vou pra rua. Frei Caneca. Cinema.

Gato enjaulado

Esse tempo me oprime! Esse frio fora de hora, essa chuvinha indecisa, tudo isso me empura a uma introspeçcão à qual eu não estou muito disposto.

Ah, não! Me deixa em paz que eu tô me sentindo um gato enjaulado hoje. Quero brisa. Quero sol. Quero cheiro, quero som e quero cor! Já vai bem uma semana de auto-avaliação, auto-crítica e crescimento à base de dias cinzentos. Meu lado felino já balança a cauda, inquieto, ansiando pelos muros, telhados, galhos. Saudoso da lua que tá fazendo o que minguando se eu estou crescente?

Hoje eu não estou para elogios nem para críticas. Hoje eu não quero as palavras. Hoje quero o gesto, quero o tato, quero o alto. Hoje eu quero a presença. Quero o movimento, quero o beijo, quero o ato. Hoje sou gato.

Alguém me faça uma proposta gastronomicamente indecorosa, um convite incestuosamente aconhegante ou uma surpresa desconcertantemente deliciosa que hoje eu não me basto!

O rapto do brownie

Ah, tá… AGORA eu entendi essa história de brownie! Vocês são doidas! ;) (quer dizer, as duas lindas que eu conheço, pra não ser leviano)

Depois de passar o dia com uma liguei para o outra — tava morrendo de saudade!

Aliás, não é essa a lição número um de um homem para com uma mulher: se não puder vê-la, ligue? :) (e se puder, ligue assim mesmo!)

Polimassagem

Melhor do que fazer seis mãos de massagem — faço com prazer — é receber uma massagem a seis mãos. Ah, que coisa boa!

Dessa vez eu não posso reclamar, me dei bem! ;)

Momento horoscopal

Ó só! Olha aí:

Touro

Seu regente Vênus está duplamente poderoso hoje. Por ser seu dia, de acordo com a tradição mágica astrológica, favorece os amores, os ganhos e a sedução. Também forma aspecto fortíssimo com Plutão, inclinando às grandes viradas nos campos financeiro e amoroso. Mantenha-se na luz.

Vou discutir diante de um “cala a boca e me beija desses”? Eu não! ;) Luz, quero luz!

Guerra

Saiu na Folha, nesta quinta:

França e Alemanha se unem contra guerra
Da Redação

A França e a Alemanha declararam ontem que vão unir esforços para evitar uma guerra contra o Iraque. A medida representa uma escalada na oposição à política dos EUA e do Reino Unido, que ameaçam lançar ofensiva contra o ditador Saddam Hussein.

Num sinal de que a posição apresentada não será apenas retórica, Paris e Berlim bloquearam na Otan (aliança militar ocidental) discussões sobre um pedido de Washington de auxílio logístico aos aliados em caso de conflito.

(…)

“A França e a Alemanha (…) estão coordenando suas posições para dar à paz todas as chances possíveis”, afirmou Chirac, que pediu mais tempo -vários meses- para as inspeções de armas.
Schröder disse que a França e a Alemanha tentarão falar com uma só voz a esse respeito. O governante alemão reafirmou que não votaria a favor de uma resolução da ONU autorizando a guerra. “Usarei todo o meu poder para que isso [o desarmamento iraquiano] ocorra sem guerra”.

O presidente dos EUA, George W. Bush, tem repetido diariamente que ainda não viu provas de que Saddam tenha se livrado de suas armas de destruição em massa. O governo americano está concentrando mais de 100 mil homens no golfo Pérsico. Bush se mostra disposto a utilizá-los mesmo sem autorização prévia do Conselho de Segurança, caso considere que Bagdá não está cooperando para o seu desarmamento.

Ontem, o premiê britânico, Tony Blair, defendeu posição semelhante. Disse que apoiará uma ação militar “em caso de uma segunda resolução da ONU” ou “se Saddam estiver em clara violação [das resoluções da ONU] e um bloqueio irracional impedir uma nova resolução do CS”.

Enquanto isso, o jornal do filho de Saddam Hussein (Babel) diz simplesmente que Guerra ao Iraque fará 11/9 parecer “piquenique”. Da Reuters, em Bagdá, vem a bomba, pela Folha:

Soldados americanos vão sofrer um destino pior que o dos ataques de 11 de setembro se Washington ordenar uma invasão do Iraque, disse hoje o jornal “Babel”, de propriedade de Uday Hussein, filho do presidente Saddam Hussein.

“A América precisa pagar um alto preço para o banho de sangue que resultará se ela atacar o Iraque”, disse um editorial assinado por “Abu Sarhan”, que costuma ser um pseudônimo do filho de Saddam.

Uday Hussein, filho mais velho do presidente Saddam Hussein
“Os eventos de 11 de setembro serão um piquenique comparados com o que acontecerá à América se ela agredir o Iraque”, disse, referindo-se aos ataques suicidas com aeronaves contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, que mataram cerca de 3.000 pessoas em 2001.

“Se os americanos cometerem outro ato tolo, isso irá custar a eles um preço alto que pode ficar além de seus cálculos e expectativas, e que pode levar ao declínio dos Estados Unidos como superpotência internacional”, disse Abu Sarhan.

Vamos mal… vamos muito mal! É óbvio que o interesse dos EUA na guerra é garantir o controle das reservas de petróleo iraquianas. Assim como era econômico o interesse dos países do ocidente — EUA incluído fortemente no pacote — quando patrocinaram violentamente Saddam Hussein contra o regime dos aiatolás. Hussein já não prestava naquela época, mas prestava economicamente, pelo visto.

Eu não sei do que tenho mais medo: da fúria iraquiana ou da rebeldia norte-americana. Hussein não vai nem pestanejar se seu país for invadido. Vai ser um estrago daqueles! E se virar hábito os EUA passarem por cima de resoluções da ONU, quem é que vai segurar a criança? Eu só sei que ambos vão jogar sujo, mais sujo do que já estão jogando.

Espero que a opinião pública dos EUA, que parece na sua maioria não concordar com esse ataque precipitado, pegue fogo logo e que a popularidade de Bush, já em declínio, despenque de vez!

A esperança é a última que morre, mas eu concordo com o presidente da França e o chanceler alemão, talvez não pelos mesmos motivos, mas “a guerra não pode nunca ser considerada inevitável”. A guerra não é um fim e não deveria nem ser considerada um meio — já que é pra ser utópico.

E as vidas? Ninguém pensa nas vidas?! O egoísmo humano parece crescer exponencialmente nessas horas.

Loucuras Googleleanas

Se você chegou até aqui procurando por “TREPADA”, sinto dizer que está em falta. *sigh* :P

Tá! Ok, eu sei que sou seletivo, e daí? O que eu posso fazer? Se não der liga, se não der aquele estalo, não rola. Não adianta, eu já tentei e foi uma bosta.

PS: Eu geralmente passo mais de mês sem nem lembrar do log de acessos deste blog. Toda vez que resolvo olhar, levo um susto. Senhor, como esses sites de busca são bizarros! Como é que este blog pode ser o primeiro colocado em buscas como esta aqui ou esta outra? E o que justifica um boom de acessos em pleno três de janeiro, comigo viajando e o blog em branco, sem um único post, graças a um erro no template? Mistérios…

Tempo ruim

Pedrão! Ô, Pedrão! Fala sério, que tempo é esse? Assim não dá! Um dia fechado, tudo bem. Dois dias chuvosos, ok. Mas cadê o sol que tava aqui? Já tô ficando com crise de abstinência solar! Eu tava no Rio, faz isso não… Isso é tortura, vou reclamar com o teu chefe! :P

Dá um jeito nisso! Ou então fala com o Tonhão aí pra ele me arranjar um passatempo. Tipo, um cobertor de orelha. :)

Coral cérebro

Que dia! Duas aulas e muito insight. Tô passado. A ferro, pois sim, mas muito calmo e feliz! :)

Tanta coisa que me atormentou durante quase um ano sem eu nem ver resolveu fazer sentido em mim, uma atrás da outra, até que enfim. Parece que viraram uma caixa de fichas na minha cabeça. De tanto pensar, falar, ouvir, muita coisa clareou nessa virada de ano. Ela falou umas coisas hoje — na nossa aula-papo-massagem-terapia-tricô-com-amenidades — tão óbvias e ao mesmo tempo tão… inesperadas que eu tive que pedir pra repetir, pois fiquei na dúvida se as peças estavam mesmo se encaixando na minha cabeça ou se eu tinha resolvido usar um martelo maior. Coisas do meu inconsciente.

Muito simples, muito coerente essa coisa de inconsciente, mas eu não consigo ainda descer a instâncias tão baixas de mim mesmo. Ela me disse para prestar mais atenção aos meus sonhos. Não vai ser fácil. Percebi, inclusive, o quanto eu manipulo os meus sonhos. Agora eu entendo por que há mais de uma década eu não tenho pesadelos. Lembro dos meus pesadelos de criança e de vários sonhos, mas em determinado momento — na adolescência, provavelmente — eu devo ter fechado uma porta, colocado uma catraca e censurado sonhos ruins. Não que eu só tenha sonhos bons e meu sonhar seja doce e cor-de-rosa, alguns são insossos ou meras cenas do meu dia-a-dia, mas os absurdos estão sempre claros pra mim como sendo peças de um sonho e pesadelos são, simplesmente, vetados. Não é à toa que eu ache tão difícil ouvir meu inconsciente. Ou que não perceba que ouço, o que é mais provável. E o pior é que eu sonho pra caralho!

Hermetismos, hermetismos… acho que vou jogar meu coral-cérebro no mar pra ver se os peixinhos do meu inconsciente dão umas bicadas.

Trilha nova

Hora de mudar de música. Ultimi Mei Sospiri, de Philippe Verdelot (c. 1470 — antes de 1522), compositor renascentista que, apesar de francês, trabalhou em Florença nos idos de 1520.

Esta é a quinta faixa do CD Madrigal History Tour, do sexteto vocal masculino inglês The King’s Singers que se dedica aqui a um repertório madrigalista italiano, inglês, francês, espanhol e alemão.

O madrigal foi primariamente uma forma — poética e musical — italiana. A quantidade produzida por toda sorte de compositores, profissionais ou amadores, foi vasta e abrangente em estilo. O estilo, mais próximo ao moteto, desses madrigais antigos escritos para mais de quatro vozes pode ser ouvido neste madrigal, escrito para seis vozes, onde cada voz distinta se move independentemente. Verdelot foi uma figura significativa na criação do madrigal, com seu contraponto claro e rico.

Ultimi Mei Sospiri

Ultimi mei sospiri,
Che mi lassate fredd’ et sença vita,
Contate i mei martiri
A chi morir’ mi ved’ et non m’aita.

Dite, o beltá infinita,
Dal tuo fedel’ ne caccia empio martire.

Et se questo gli è grato,
Gitene ratt’ in ciel’ a miglior’ stato.
Ma se pietà le porg’ il vostro dire,
Tornat’ in me, ch’ io non vorrò morire.

Isso sem falar que é lindo de morrer! ;)

Coluna do JB

Se você acha que Saddam Hussein é uma besta satânica ou coisa que o valha — concordo — e que a atitude dos EUA é justamente fruto de um direito de defesa — discordo —, eu sugiro que você leia mais* — coisa que eles não fazem ou, se fazem, é na fonte errada.

* Achei o link aqui.

Get Real

Estava eu revirando o blog dele — há meses que não ia lá — e li os comentários sobre esse filme: Get Real.

“ótimo filme gay, que foge das armadilhas do discurso de gueto e simplesmente mostra uma história de amor entre dois alunos de uma escola, com todos os aspectos relevantes desse tipo de relacionamento no mundo de hoje, mas sem fazer apologias fáceis nem protestos que além de pouco úteis ainda acabam com a qualidade cinematográfica de qq roteiro.”

Fiquei curioso. O título em português, horrível, por sinal: Saindo do armário.

E aí? Quem topa uma sessão pipoca?
E o mais importante: onde é que eu encontro essa porra desse filme?!

Maternidade

Hoje, dia de São Sebastião, aniversário do Rio de Janeiro, é um dia pra lá de especial. Hoje é o aniversário da minha mãe. Dona Izabel — a melhor mãe do mundo — completa 55 aninhos dos quais eu já tive a graça de comprtilhar 26.

É inútil eu tentar exprimir aqui o quanto essa mulher é importante na minha vida. Cada um vai ter que procurar uma imagem materna — mãe ou não — pra poder entender o que eu digo, pois não há palavra capaz de transmitir o que é um colo de mãe.

Devo. Devo muito! Devo mais do que posso pagar. Devo algo que não se cobra, devo coisas que não pedi. Devo vida, devo música, devo arte, devo exemplo e contra-exemplo. Sou o resultado de uma dedicação amorosa e com todo o amor eu pago. Pago vida. Restribuo assim de forma desmedida o carinho e a alegria que recebo todo o santo dia. Tenho a melhor mãe do mundo e não há o que me convença do contrário, simplesmente porque ela é minha. Minha mãe.

Talvez por obra dela a maternidade sempre tenha me fascinado sobremaneira. Nunca vou ser mãe, tampouco aspiro tal posição. Sou homem, satisfeito com a minha condição e incapaz de raciocinar como uma mulher, mesmo que compreenda e infira, graças à convivência, boa parte do comportamento feminino. Ser mãe deve ser mesmo algo mágico.

Eu só sei qua a visão de uma barriga túrgida e peitos fartos me enche de paz. Dá vontade de encostar o rosto naquele berço d’água e conversar com tão pequeno tesouro em formação. Sentir novamente o calor, o pulso naquele universo seguro. Dizer na hora agá que o mundo é, sim, muito maior mas que não importa, nada importa! Não importa o susto, não importa a dor. Não importa o medo da luz que o sol projeta agora ou a escuridão que a noite encerra, pois quando ele precisar poderá sempre encontrar aquele mar de aconchego novamente nos olhos de sua mãe, assim como eu posso. Assim como todos deveriam poder.

À minha mãe, de quem me orgulho de ser filho, toda a minha vida.

Incesto

Disseram que a liberdade é azul, a igualdade é branca e a fraternidade é vermelha…

…mas o incesto é tutti-frutti.

Passarela

Essa viagem me trouxe uma boa surpresa: eu sou lindo! Ok, não é pra rir, nem pra concordar, é que não é algo a que eu esteja acostumado. Me olhar no espelho nunca me causou um grande sentimento de estesia. Sei lá eu por que, durante toda a minha adolescência me achava mal ajambrado. Claro que estar acima do peso não contribuia para a minha auto-estima bombardeada pelos hormônios, mas eu não via os traços que eu vejo hoje quando me olho, não via os detalhes que hoje chamam a atenção.

Durante a viagem, por duas vezes associaram meus traços aos de um modelo*, em nenhuma das duas eu estava sendo cantado. Da primeira vez eu não consegui esconder o meu espanto e deve ter ficado estampado na minha testa que eu achei que aquela senhora tava é doida!

Mas da segunda, ouvir de quem já desfilou que se eu tivesse uns 10cm a mais de altura — pode colocar bem uns 15cm aí — teria feito sucesso nas passarelas, por causa disso, daquilo e por aí vai, foi… desconcertante! Justamente porque eu não pude negar, não consegui corar e tive que abrir um sorriso enorme no rosto.

Parece tudo tão fútil! Ver em mim justamente o que eu invejava em outros. Me achar bonito, naturalmente, de forma que não haja mais espaço pra esse complexo de patinho feio é… bom! Muito bom! É uma auto-aceitação que faltava. Mais do que isso, é deixar-se brilhar e, de certa forma, coroa uma mudança de postura que já vem vindo há um tempo. Uma valorização consciente do que eu sou e do que posso ser — esteticamente também, por que não?

Simbora dar um lustro no amor próprio! E se for pra ficar com uma barriguinha dessas aí, tanto melhor!

* Isso sem falar nessa história de ser parecido com o Ricky Martin que até hoje me causa riso. Fala sério… ;P

Leituras atrasadas

Ah… preguiça… Já dei conta (acho) dos e-mails e dos comentários enviados enquanto eu tava fora. Mas por que parece que todo mundo resolve escrever mais por aí quando a gente não tá olhando? Eu queria assim, um resumão: melhores momentos.

Surreale

Eu não sei o que é mais surreal: uma italiana deixando um comentário (em italiano) em um blog em português, ou eu me metendo a responder… em italiano!

Bem… quem não se comunica… já dizia o velho guerreiro. ;)

Agradecimentos

Pronto. Agora eu tenho bons motivos para voltar ao Rio.

Agradecimentos sinceros…
… à amiga querida, pelo refúgio e pela partida.
… ao afilhado (e família), pela hospedagem no Rio.
… à guria (e marido), pelos jantares, pernoites, papos deliciosos e incentivo precioso.
… ao amigo (e marido), pela calorosa acolhida.
… ao menino, pela programação noturna carioca.
… ao Pedrão, por garantir o bronzeado, o sol e o céu azul.

De volta

“Pensou que eu não vinha mais, pensou
Cansou de esperar por mim
Acenda o refletor
Apure o tamborim
Aqui é o meu lugar
Eu vim…”

O bom filho à casa torna. :)

Voltar

A saudade aperta, a vida urge e o tempo clama.

É isso aí… está ventando. É hora de voltar ir pra casa.

Amar

Amar
(Florbela Espanca)

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui… além…
mais este e aquele, o outro e toda gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém.

Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disse que se pode amar alguém
durante a vida inteira é porque mente.

Há uma primavera em cada vida:
é preciso cantá-la assim florida,
pois se Deus nos deu voz foi pra cantar.

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
que seja a minha noite uma alvorada,
que me saiba perder… pra me encontrar…

Eu

Sai da frente que eu preciso expelir de mim o que me opila. Quero berrar as palavras alheias na voz dos outros!

Zel, lê isso pra mim?

Eu
(Florbela Espanca)

Eu sou a que no mundo anda perdida,
eu sou a que na vida não tem norte,
sou a irmã do sonho, e dessa sorte
sou a crucificada… a dolorida…

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
e que o destino amargo, triste e forte,
impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber por quê…

Sou talvez a visão que alguém sonhou.
Alguém que veio ao mundo para me ver
e que nunca na vida me encontrou!

Visão

Carreguei meu caderninho comigo pra viagem porque eu sabia que uma hora ou outra eu ia querer escrever alguma coisa. Quase não escrevi, mas remoí na proporção — potencialmente, na realidade — do quanto andei. Uma imagem muito forte que me veio em pleno dia e dois sonetos de Florbela Espanca roubados do livro dela ficaram perdidos nas minhas folhas laranjas. E como Pedrão resolveu que hoje, depois de tanto tempo — não posso reclamar —, vai chover…

Foi estranho… com se eu sonhasse… a imagem me roubou dos meus sentidos, como um vídeo onde se aperta play:

“Ando com uma imagem na mente, um longo caminho à beira-mar. De um lado, um mar de água clara, calmo, quase um lago. Do outro, uma planície de areia branca, sem fim. À frente e atrás de mim o mar e a planície se encontram até onde a vista alcança, em linha reta. Sigo andando nesse limite com o sol nascendo às minhas costas e se pondo à minha frente, dia após dia. Equilibro-me entre o aconchego materno das águas e a liberdade árida da planície. Atrás de mim apenas as minhas pegadas. À minha frente… às vezes o Sol, às vezes a lua. Parto de minha aurora, sigo o meu ocaso. Não ando sozinho, as estrelas me acompanham à noite, mas não falam comigo. Se elas conversam, não entendo sua lígnua. Me sinto só, tão só como nunca me senti antes na vida. Não sei quem sou, só sei que ando e procuro o meu caminho. Talvez… pra mim mesmo.”

Logo após essa imagem eu soube que tinha que partir. Mas como e pra onde? Enterrado na planície, sob suas areias quentes e geladas, vive um dragão. O meu dragão de fogo. Não nos conhecemos, não sei ao menos o seu nome, mas ele treme sob minhas areias, ora por fúria, ora por um misto de respeito e medo às minhas águas. E assim meu mundo treme.

E quando vi o passo havia sido dado à minha esquerda, pra longe das águas que agora carrego nos olhos. Olhos que buscam encarar os do dragão. Olhos de fúria e calmaria, tempestade e bonança. Olhos da cor da terra, mas que refletem o azul celeste. Olhos de esperança. Desejo de estender as mãos ao dragão, tocar suas explêndidas escamas douradas, subir em seu imenso dorso e voar sobre terra e mar. Deixar meu solo verdejar.

E assim vai ser. Assim será! Só não sei como…

Apagando

Certas coisas eu já devia ter apagado desse layout… pronto!

Mas da cabeça não tem o que apague. Eu sigo adiante, mas não esqueço.

Beatriz

Beatriz
(Edu Lobo – Chico Buarque/1982)

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

Do Leme ao Pontal

Do Leme ao Pontal
Não há nada igual…

Mas pra falar a verdade agora eu vim parar na Tijuca. Ele tava se lamuriando que não ia conseguir me ver. Fiz fácil: desbanquei pra cá.

Daí me perguntam: “Mas por que você saiu da Gávea e foi pra Tijuca?” Ué? Justamente por sair e ir, entende? Não, eu também não entendo, mas sinto. Não podia mais ficar. Enquanto isso adio o dia de voltar pra casa, embora a volta seja uma ilusão. Quando chegar a hora, eu irei pra casa.

Partir

Post pra meditação posterior (é muito significado pra uma palavra só, não tenho todos eles):

partir . [Do lat. partire.] V. t. d. 1. Dividir em partes; fazer em porções ou pedaços. 2. Fazer em pedaços; quebrar, despedaçar. 3. Separar, dividir. 4. Fender; sulcar. T. d. e i. 5. Repartir, distribuir. T. i. 6. Tomar por base. 7. Originar-se, proceder; provir. Investir contra; atacar. T. c. 9. Partir (7). 10. Pôr-se a caminho; ir(-se), partir-se. 11. Ter origem ou começo; principiar, nascer. 12. Ser limítrofe; confinar. Bit. c. 13. Partir (10). Int. 14. Partir (10). 15. Ir-se embora; retirar-se, partir-se. 16. V. morrer (1). P. 17. Quebrar-se, romper-se. 18. Pôr-se a caminho; ir(-se), partir. 19. Retirar-se, afastar-se, partir. 20. Seguir viagem. 21. V. morrer (1). A partir de. 1. A começar de.

Estou partindo [a|de] mim mesmo.

Haikai na Gávea

Um haikai de despedida da Gávea:

O sol na pedra e na mata
vislumbra um sagüi
Pisco feliz na janela da Gávea

Copacabana

[bebum voice on]

Copacabana, princesinha do mar…

[bebum voice off]

Vou voltar

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar…

O que? Às vésperas do fim de semana? É ruim, hein?! :P
Vou é tomar chopis com o lindo e a maravilhosa!

E o Rio de Janeiro continua lindo…

O RJ continua lindo?

Tô vivo. Muita coisa pra falar – algumas aqui, outras não e outras em lugar nenhum. Zero vontade de fazê-lo por enquanto. Nesse interim eu vim ver se o Rio de Janeiro continua lindo, mas é noite ainda, foi mal.

E só pra constar, tô o puro menino do Rio. É uma pena que o carioqueish não pega nem por decreto.

Natal requentado

Tou requentando a minha mensagem porque, na realidade, nada mudou — exceto a preguiça. Continuo desejando “em prece, em um anseio vibrante que este novo ciclo traga o bem, a evolução, a liberdade, a igualdade, a fraternidade, a diferença, a diversidade, a tolerância, a mudança, o equilíbrio, a esperança, a vida, o amor e o peito cheio de arte a todos aqueles de boa vontade”.

Acrescento apenas uma sugestão: vivam seus sonhos. Sejam tão racionais quanto passionais e andem sempre com os pés no chão e a cabeça nas nuvens — nada mais apropriado para um taurino com ascendente em sagitário e lua em câncer.

(…)

Sundown… ok
Sunga… ok

Maracangalha, aí vou eu. Fui!

Noite de Estrelas

A última música, o último tango pra terminar — e resumir um pouco, já que há tantas outras… — pois o meu ano termina agora. Figaro sai de férias e volta a qualquer hora do Ano Novo. De novo. O mesmo, porém outro. O outro mesmo peito ardente. No entanto, um passo adiante, o olhar a frente e (somente) na mente a bagagem. Um ano inteiro de vida cheia de vidas. O ano mais intenso da minha vida.

E sigo com a certeza de que o que quero não está mais aqui. Vou lá em 2003 buscar.

Noite de Estrelas
(Roberto Mendes / Ana Basbaum)

Arde na terra a solidão da Lua
Iluminando meu olhar perdido
Entre campinas, abismos e chapadas
Meus olhos queimam a última lembrança
Como fogueira em noite de estrelas
Me deito só
Com vista para o mundo
Calando fundo meus sonhos,
                minhas queixas
Mas alço vôo em busca de teus passos
Piso descalço na terra do teu corpo
suave passo, suave gosto,
                cheiro de mato
Meu braço laço, te lanço em segredo
Vem ser meu canto, meu verso,
                meu soneto
Vem ser poema no árido deserto
Serei oásis, silêncio, festejo
Serei sertão nas horas de aconchego