Horóscopo

O radicalismo dos sentimentos é evitado pelas pessoas racionais porque assusta, derruba o controle que elas desejam manter sobre a realidade. Contudo, será necessário controlar qualquer coisa que o valha para ser feliz?

Ok, Quiroga, você quer esbofetear a outra face agora ou daqui a pouco? (Marie, 1 a 0 pra você)

You may well hold the cards in a financial or emotional transaction, and with Mars and Pluto side by side, your cohorts absolutely know it and can happily forgo any friendly reminders. So, since you’re going to carry the day anyway, you can afford to do the warm, fuzzy and democratic rather than the megalomaniacal villain in a Bond film routine.

Do I??? Where did I put them… Ah, qualé?! Astros em conluio agora? Tá, eu admito que preciso sentir que controlo minha vida. Pelo menos sentir minimamente que há alguma previsibilidade no turbilhão à minha volta. Só que dizer — financeiramente ou emocionalmente — que eu tenho o zap da rodada é muito blefe pro meu truco!

É, você entendeu: falência e carência, só me resta paciência. Vou sentar aqui e esperar a nuvenzinha passar (ela bem que podia levar a falência junto). Ou não, mas quando com pressa ande(o) devagar — viu, tô fazendo minha lição de casa.

Baticum

Amanhã. Parque do Ibirapuera — Obelisco. 18h. Oriashé. (abaca)Chico César. Baticundum! Ponto.

Summoning

No som: Primeira ária da Rainha da Noite (“O zittre nicht mein lieber Sohn”), Flauta Mágica, Mozart! Ele me lembra da música, eu me lembro do código — trinados, muitos trinados —, ela abaixa as brumas — gestos, gestos! — e eu não explico é nada! :P

Jogate é o verbo. Sai da frente!

Vida líquida

DOE SANGUE!
(o milagre da multiplicação da vida)

Apenas uma picada, uma hora do seu dia. Você tem idéia de quantas vidas pode salvar? Eu dô-o porque o problema não é meu, mas a solução pode ser e meio segundo de dor efêmera é muito pouco por um milagre. Me orgulho desse mini band-aid no meu braço.

Eu espero que você nunca precise, mas se precisar eu vou estar lá na fila. E você?

Para Zel

Querubins do equilíbrio
(Antoniella Devanier)

Anjos no quarto da juventude
Guirlandas de rosas no estrado
Querubins com olhos de plenitude
A Paz e a Harmonia, no retrato

No catre da tua juventude
Pelicanos nas folhas da videira
Musicalidades da quietude
Que penetra a alma mais rasteira

São os anjos arcanjos e harpeiros
Jogos de amor suaves e matreiros
Alegrias dos sonhos do querubim

São as intuições e emoções, na estrada
Querubins e uma rosa no jardim
É o som do sim na vida do(a) amado(a).

É comigo?

Sou só eu ou tem mais algum infeliz que recebe visitas direto nos comentários — valeu google, muito obrigado, nem sei como agradecer… — de posts da era pré-cambriana deste blog — um poema, um meigo, singelo e despretensioso poema — perguntando por que chá de erva cidreira dá azia? Só pra dar um exemplo…

Nonsense por nonsense, eu prefiro Monty Python. Indeed… isn’t it?

Mãe, essa criatura abnegada

Mãe é um ser que, não obstante estar sob dieta rigorosa — equilibrada, balanceada, diversificada, porém, rigorosa —, é capaz de fazer, sem pedido ou aviso prévio, uma panelada de doce de banana para a cria aqui de casa. SLURP!

Revelação

Só tenho uma coisa a dizer: depois de Evelyn, minha vida nunca mais será a mesma. :P (e eu conto nos dedos de uma mão quem vai entender essa)

Abafa o caso… bó dormir!

Um ano

É sim, faz um ano, hoje! Tu tá ficando velho, gato. :P
Eu não, eu sou que nem vinho. Prosecco. Um brinde! ;)

Balla, eu não esqueci de você, não. Saudade. :-*

Acústica dadaísta

Construção de auditório projetado por Niemeyer começa este mês (Folha, 12/02/2003).

Senhor, ó Senhor, pelo vosso amor, ouvi minha prece: fazei com que a distinta criatura aí em cima atente para um conceito muito importante chamado ACÚSTICA! Porque se o Auditório de Música do Ibirapuera ficar que nem o do Memorial da América Latina, meu Deus… É TU QUE VAI TER QUE VIR AQUI CONSERTAR ESSA BAGAÇA! Combinado? :P

Matemática

terror* + zel = comédia

* pra falar a verdade, achei o filme “marromeno” — sei lá, tem uns buracos no argumento, faltou arrematar —, mas se você levar um aditivo… ;)

Intro

O chato de se passar o dia em casa, para mim — estudando, trabalhando ou mesmo à toa —, é a falta de estímulos externos. Mesmo que se passe o dia em um escritório, teatro ou sala de aula, você sai. Basta isso, sair. Percorremos um pequeno trecho de mundo que nos obriga, ou pelo menos nos propicia, a sair de nós mesmos. Ficar muito tempo entre quatro paredes me torna ensimesmado. Meu pensamento entra em ciclos cada vez mais internos, alimentando-se de si próprio. Esperamos muito tempo que movimentos internos gerem movimentos externos quando a indução contrária, às vezes, é muito mais simples e natural.

Parece bobagem, mas eu preciso desses estímulos. Sair, ver, ouvir, sentir. Deixar que a minha atenção seja transferida de mim para a luz, as cores, vozes, pessoas, lugares. Isso me acalma e talvez explique o fato de eu andar tanto. É uma maneira de pensar sem se consumir. Sabe aquela imagem — não achei — de uma cobra mordendo o próprio rabo? Então, para sair de um círculo vicioso, eu ando. E funciona.

Tudo isso pra dizer que eu vou ao cinema. :P

Help? Que help?

Ha! Adorei! :) No Fotolog. Coisa típica de um BOFH — Bastard Operator from Hell

NEED HELP? Ask a smart friend.

PS: Algum geek que entendeu tem aquelas piadinhas antiiiiigas de usuário versus admin, em inglês? Manda pra mim? (never mind… já achei) :)
PS2: Eu preciso, do verbo dependo-disso-para-viver-e-ser-feliz, de uma máquina digital.

Cumplicidade

— Hmmm… vontade de tomar sorvete.
— Vamos?
— Cornetto?
— É! :)

Porque entre o mínimo e o máximo do que posso fazer, eu escolho o melhor.

Drop dead!

Eu sou a favor da vida… mas isso não inclui a “vida” dos computadores dos spammers que poderiam todos ser acometidos por uma mal sem explicação (ou solução!), ter seus HDs implodidos, seus monitores queimados, suas CPUs convertidas em pipoqueiras e periféricos em geral reduzidos a pó. Or something like that… wouldn’t it be sooooo nice?

Maninha

Irmã,

Minha irmã, minha pequena menina, minha irmã caçula — a única, a cachucha, a preferida —, eu não posso impunemente te ver assim sofrendo. A tua dor me dói demais aqui por dentro, assim como pulsa incessante o meu amor. Queria eu poder de toda a angústia te apartar, calar o berro que desespera o peito e por ti chorar. Mas eu não posso. Assim como não posso derramar as lágrimas que são tuas, é pequena a minha habilidade em consolar teu coração.

Mas é grande o meu intento e nele creio ter força de verdade. Pois que se tudo hoje caminha com gravidade, tenho fé: a tua dor, este sol que a tudo queima e consome, não terá mais que o brilho distante e frio de uma estrela solta na eternidade quando o tempo, velho caquético, por fim se manifestar. Verás, maninha, que a chuva derramada não foi em vão e que do chão castigado que agora observas alquebrada virá a surgir em botão uma nova flor.

E que dama forte e bela renascerá de tua mazela! Vestida de sonhos, repleta de luz, plena de cor. Meu amor, não chores agora porque na minha ânsia eu perco a voz e da melodia lírica e bela que eu fiz para secar os teus olhos eu perco o tom. Na menor tonalidade, porém, retiro meu verso e do peito ergo as notas que soam inúteis na minha canção. Mas deito uma flor em teu travesseiro, sem jeito afago teu cabelo, ligeiro, pois não há porvir que me faça distante. Da minha vida dou-te a força que nutre a esperança de vê-la sorrir mais uma vez exultante.

Sou teu irmão.

Palavras mágicas

— Ei! Onde fica a rua tal?
— Olha… o senhor começa aqui em “por favor” e segue por ali até chegar em “obrigado”.

Pelo menos foi assim que minha mãe me ensinou…

aaaaalta velocidade

E não esquecendo a aniversariante do dia, Docinho, minha flor de cacto:

FELIZ ANIVERS�?RIO!!!

Tô com saudade…

Cleptomania

Vou dizer: eu tô me segurando pra não roubar os desenhos dele todos de uma vez. :) É foda! Eu não desenho e, assim como eu vejo a cara de fascínio de quem não canta quando me ouve fazendo o que eu mesmo ainda considero muito cru, fico eu todo embasbacado quando vejo a beleza da expressão alheia. Pura estesia!

There’s somebody I’m longing to see

Poderia ser outro blog de imagens ou mesmo outro blog de imagens próprias, mas não é isso. Tampouco foi o traço simples, o estilo, as cores, o jeito quase infantil que me cativou. Arriscaria dizer que foi quando vi Gershwin e não resisti, comecei já ali a me apropriar de seus desenhos — quando você vê na expressão do outro um pouco da sua tradução. O garoto tinha sensiblidade, sintonia — outros simplificariam chamando de talento, para mim é mais sutil — para usar a técnica e fazer arte.

Foi um pouco de tudo que me fez correr os olhos desde o seu começo. Acho que foi o colorido com que ele trata a alegria e a delicadeza com que ele traça a tristeza que moidschzou o Figaro. ;)

PS: Só agora eu vi que o desenho tá olhando pro título. Heh!

Sobrenatural

Alguém, por favor, diz pra mim que Brahms — um taurino! — não era humano, que escrever música de câmara desse jeito é obra divina, miraculosa, que escrever música coral como se coro e acompanhamento dialogassem harmoniosamente não faz parte dessa esfera, que conseguir destilar estilo em apenas quatro sinfonias é prova irrefutável do nirvana para que eu possa canonizá-lo de uma vez!

Morte ao SPAM

Eu tenho o enorme, o imenso, o inenarrável prazer de comunicar que o e-mail ali do cabeçalho do blog morreu. Foi-se! Graças à prestimosa ajuda do meu amigo Snowblind, o punk — que entende de PHP, coisa que eu não —, não há mais nas páginas do Figaro o dito cujo munido de arroba. No more spams!

Spammers, ó corja, façam fila. A vocês, meu dedo médio. :P
HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUHAUHAAA!!!

Para e-mails, sussuros ou propostas indecentes a ordem agora é entrar em contato. Funciona igualzinho: você escreve, manda, eu recebo por e-mail e respondo, mas ele não fica exposto aos cães do inferno.

Dani, valeu!

Lá vem a tempestade

Eu fico lendo as notícias sobre essa pendenga toda dos EUA com o Iraque com pitacos desconexos europeus — inclusive a vexatória cópia de lição de casa do premiê britânico (que coisa mais feia!) —, incitações iraquianas e alertas terroristas americanos meio sem saber o que dizer, exceto não à guerra e a seus princípios e escusas.

No entanto, um poema não me sai à cabeça. Fruto de outra época, outro contexto, outro (nosso) país e, mesmo assim, carregado da mesma infâmia, o asco pelo desprezo à vida. Já li, recitei, agora transcrevo. Não adianta, estou poemático. Talvez, apelando (inutilmente) para um juízo maior quando o terreno e humano não dá conta.

Navio negreiro
(Castro Alves)

É num sonho dantesco, tombadilho
Tinir de ferros, estalar do açoite
Legiões de homens negros como a noite
Horrendos a dançar
Negras mulheres
Levantando as tetas
Magras crianças
Cujas bocas pretas
Regam o sangue das mães
Outras moças
Mas nuas, assustadas
No turbilhão de espectros arrastadas
Em ânsia e mágoas vãs
Um de raiva delira
Outro enlouquece
Outro que de martírios embrutece
Chora e dança ali
Senhor Deus dos desgraçados
Dizei-me vós
Senhor Deus
Se é loucura, se é verdade tanto horror
Perante os céus
Quem são esses desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Dize-o tu severa musa
Musa libérrima audaz
São os filhos do deserto
Onde a terra esposa a luz
Onde voa em campo aberto
A tribo dos homens nus
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão
Homens simples, fortes, bravos
Hoje míseros escravos
Sem ar, sem luz, sem razão
Lá nas areias infindas das palmeiras no país
Nasceram crianças lindas
Viveram moças gentis
Passam um dia a caravana
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus
Adeus oxossa do monte
Adeus palmeira da fonte
Adeus amores
Adeus
Senhor Deus dos desgraçados
Dizei-me vós Senhor Deus
Se é loucura se é verdade tanto horror
Perante os céus
Oh mar por que não apagas de tuas vagas
De teu manto este borrão
Astros, noite, tempestade
Rolai das imensidades
Varrei os mares tufão
Existe um povo
Que a bandeira empresta
Para cobrir tanta infâmia e covardia
Que deixa transformar-se nesta festa
Em manto impuro de bacante fria
Meu Deus, meu Deus
Mas que bandeira é essa
Que impudente na gávea tripudia

Auriverde pendão da minha terra
Que a brisa do Brasil beija e balança
Antes te houvessem roto na batalha
Que servires a um povo de mortalha
Mas a infâmia é demais
Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do novo mundo
Andrada arranca este pendão dos ares
Colombo fecha a porta de teus mares

Soneto 14

Porque eu adoro Shakespeare — a escrita dele é musical; as inflexões, sempre teatrais — e porque eu gostei da tradução, simples e elegante. Porque eu me identifico com olhos, sei lá, eles volta-e-meia me encantam. E porque o velho Will era meu xará, vamos combinar… ;)

Not from the stars do I my judgment pluck;
And yet methinks I have astronomy,
But not to tell of good or evil luck,
Of plagues, of dearths, or season’s quality:

Nor can I fortune to brief minutes tell,
Pointing to each his thunder, rain, and wind,
Or say with princes if it shall go well,
By oft predict that I in heaven find:

But from thine eyes my knowledge I derive,
And (constant stars) in them I read such art,
As truth and beauty shall together thrive,

If from thyself to store thou wouldst convert:
Or else of thee this I prognosticate;
Thy end is truth’s and beauty’s doom and date.
(William Shakespeare)

Não está nas estrelas o meu tino;
Sei um pouco, porém, de astronomia,
Mas não pra prever qualquer destino,
Ou o tempo, a miséria, a epidemia:

Não posso em um minuto dar a sorte,
A cada qual seu raio, ou chuva, ou vento,
Nem por indícios a que o céu me aporte,
Ao príncipe augurar feliz intento.

Leio em teus olhos meu saber inteiro;
E neles (astros fixos) há tal arte,
Que juntos crescem o belo e o verdadeiro,

Se o que te é dado não é posto à parte:
Teu fim será, teus olhos dão-me o norte,
Da beleza e verdade o termo e a morte.
(trad. Josely Vianna Baptista)

Desprendimento

Eu vou dizer o que é desprendimento, negão. É ver aquele vidro de perfume seu… é, aquele, divino, maravilhoso, o seu perfume, que só arranca elogios, que te faz se sentir deliciosamente insuportável — a saber, o Body Kouros-YSL — espatifado por obra e graça da (coitada da) faxineira que nunca, nem em tempos imemoriáveis, quebrou um copo de requeijão sequer. Vou te contar, Murphy não respeita nem a vaidade alheia, viu?

C’est la vie… merde!

Lilás

Por que poesia tem de ser poesia,
Não conto, nem ponto de embriagues?
Nada pode ser certo sendo errado, porquê?
Quem pintou o set com aquarela monocromática?
Contar historinha de cabeça para baixo,
Para ser escrita pelo avesso do papel embaçado, para quê?

Porque poesia é só um nome que se dá,
Mera formalidade, assim como o tolo chama, sem saber,
Coisa cheirosa retrato da beleza feminina de flor.
Porque nem sempre a linha é reta vista por dois olhos,
Apesar da fobia à solidão querer conquistar partidários.
Para ser assim mesmo, do jeito de fora da imaginação,
Mais meu que teu. De ninguém do mundo.
(Fabricio de Paula)

Gostei. Passei ali, lilás fiquei, caí aqui.

O dia em que o circo foi ao theatro

Ópera acrobática? Drama pirotécnico? Comédia clown? Balé de cadências voadoras? Dança arrebatadora de tecidos vivos? R-r-r-r-r-respeitável público, tudo isso e muito mais! Malabarismo coreografado de palmas e sorrisos. Som! Cores! Muito movimento! E a criança cá ni mim gritando escancarada. :)

O Cabaré da Central do Circo foi o espetáculo de abertura, dentre os espetáculos que ocorrem no tradicional palco do Theatro Mvnicipal, da Mostra São Paulo — Teatro na Cidade. Divinal. Divinos e belos os grupos da Central: Linhas Aéreas, Circo Mínimo, Le Plat Du Jour, Circodélico, Parlapatões, Fractons e LaMínima.

Quem perdeu, se liga! Confira a programação, organize-se e vá. Ao Theatro, no palco e no saguão, ou às ruas do centro. Só não pode dizer que não deu tempo.

Sublimação

Juntar o que Sentir
(Renato Teixeira)

Não me diga o que eu não quero ouvir
Não me fale o que eu não sei dizer
Nãm me cante o que eu não sei sentir
Não me ensine, não quero saber
Não me jure o que eu não sei rezar

Não me peça o que eu não quero ter
Só me mostre o que eu não quero ver
Não afirme, não sei negar
Não lastime que eu não sei sorrir
Não viaje que eu não sei ficar

Ouvir, dizer, sentir, saber
Rezar, negar sorrir, ficar, partir…

Não mastigue o que eu vou comer
Não me ame que eu não sei sofrer
Não espalhe o que eu não juntei
Não me negue o que eu não pedi
Não me pague o que já sofri
Não me entregue o que eu já levei
Não me espere, pois eu não parti
Não me explique o que eu não falei
Não me traga, pois já me exauri
Acredite no que eu não senti

Comi, sofri, voltei, parti
Falei, senti, amei e me exauri…

Há um dia para o amor, enfim
Há um tempo pra ficar assim
Sem respostas para perguntar
Qual o rumo pra qualquer lugar
Onde o tempo não possa chegar

Enfim, olhar assim, lugar
Ouvir, saber, juntar o que senti…

Não me peça o que eu não quero ter
Só me mostre o que eu não quero ver
Nao espalhe o que eu não juntei
Não me negue o que eu não pedi
Não lastime que eu não sei sorrir
Não me entregue o que já levei
Não me espere, pois eu não parti
Não me explique o que não falei
Não me traia, pois já me exauri
Acredite no que eu não senti…

Comi, sofri, voltei, parti
Falei, senti, amei e me exauri…

E eis que é divino sentir novamente o vento batendo no rosto, lavando mente, peito e alma de qualquer dor, de qualquer mágoa descabida, deixando apenas o sabor de algo vivido, dividido. É ótimo se sentir livre, leve e solto — e cônscio. Melhor ainda é libertar. Erguer das cinzas a canora Fênix e vê-la erguer-se aos céus em paz radiante, sublimada. Pronta para encontrar novo fogo ou simplesmente seguir brincando com o firmamento.

Um beijo soprado pra quem adivinhar quem canta… ;)

Nem tudo são rosas

A saber, mundissa.com está de volta ao ar.

Mas eu não tenho a menor, a mais remota idéia do que está acontecendo com esse maldito redirecionameto de domínio — cantorum.com, cantorum.com/figaro, www.cantorum.com, www.cantorum.com/figaro, figaro.cantorum.com, todos deveriam funcionar, mas todos funcionam quando bem entendem. Murphy garante que a URL que vai funcionar é aquela que NÃO está no código das páginas. Não abre, zoa o layout… Humpf! :-(

Enquanto eu me consumo testando servidor, endereço e possíveis alterações climáticas esses filhos de uma ronquifuça se resumem a dizer que, imagina, os DNS estão nos trinques e me perguntam — ô, senhor… por que eu? — SE EU LIMPEI O CACHE DO MEU BROWSER?!!!

Depois eu xingo a mãe de um desgraçado e ninguém entende. :P

Damn it!

Cadê o meu e-mail, caralho? Eu mereço… :P
Muito bem, copiem-e-colem a mensagem do post abaixo para o quesito “e-mail”. Reenviar é o verbo.

Porque a gente somos mundiça

Aviso aos negantes, Atlântico Sul, Brasil: cagamos de novo! :P

Se você andou tentando acessar qualquer blog do mundissa.com hoje — incluindo o deste que vos fala — então, eu, eu, eu… você se deu mal! Isso porque trimestre sim, trimestre também, esquecemos de pagar a (porra da) conta. Né, Nor?!

Agora, como eu sou um rapaz sabido, feliz portador de um domínio redirecionável — temperamental, é verdade —, de uma conexão ADSL e geek psicótico que faz backup diário — eu não, eu mando e o servidor obedece, toda a madrugada, religiosamente — que rufem os tambores, pois voltamos à nossa programação (a)normal! Muito bem, Flipper!

PS: Se você escreveu alguma coisa, hoje, depois das 5h da manhã, oops! Sinto, escreva de novo.
PS2: Essa é uma boa hora para você, caro leitor, atualizar seu bookmark: é cantorum.com/figaro.
PS3: E sim, o servidor é lento que dói…

Sua personalidade no trabalho

Faz tempo que eu não faço um teste. A Zel quem viu.

Resultado: Extrovertido-Intuitivo-Pensativo-Julgador
Como dizem os americanos, “Está tudo bem, já que estou no comando!”. É alguém com uma especial habilidade para pôr juntas as mais diferentes pessoas, unindo-as a partir das suas habilidades ou capacidades intelectuais. Bom na solução de problemas abstratos, já que raciocina logicamente. Não admite rotina, nem na vida profissional nem doméstica. Tudo que faz, faz com extrema dedicação. Desencadeia grande dose de entusiasmo e respeito naqueles com quem trabalha, aos quais costuma liderar. Está sempre à busca de autoridade, autonomia e recursos para realizar coisas.
�?reas favoráveis: advocacia (tributária, por exemplo), corretagem, produção de eventos e demais ofícios que requeiram alguém capaz de conciliar os mais diferentes e concorrentes interesses.

Cara, mas isso é regência! Ignorando completamente a parte artística, claro.

Só que me puseram numa sinuca de bico: perguntaram, por último, se eu era sentimental ou pensativo — não pode ser os dois? Como eu pensei muito pra responder, deu no que deu. O engraçado é que o outro resultado — sentimental — era muito parecido, com menos ênfase em liderança e mais foco no relacionamento interpessoal. Muito mais próximo do canto. Heh! :)

Liberdade

Pra Rua me Levar
(Ana Carolina / Totonho Villeroy)

Não vou viver
Como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
Às vezes ando só
Trocando passos com a solidão
Momentos que são meus
E que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você

É, mas sei que ainda há muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam um tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Bethânia, claro. Minha tradução simultânea.

Igualdade

Em uma só unidade
(Cristiane Neder)

Bis,
heteros,
homos,
todos nós somos
nos dias de cio.

Animais
todos sexuais.
Raça pura
destilada em outras misturas.

Animais
pensantes,
fabricantes,
da origem dos habitantes.

Bis,
heteros,
homos,
é o que somos
em uma só unidade.

No Poesia Erótica.

Por que eu leio horóscopos?

Porque eu acho graça (de mim mesmo):

Respire amor, aspire liberdade, a ansiedade é um artifício mental de quem fica remoendo argumentos espúrios, tentando convencer-se de ser eles legítimos e lógicos. A ansiedade não faz com que o tempo ande mais rápido.

Eu acho que melhor do que aspirar liberdade é senti-la no coração. É muito bom respirar de novo. É só isso que eu tenho a dizer.

Zoom

“Olhos no olhos, quero ver o que você faz…”

Rapaz! Eu sabia que pedalar fazia bem à saude. Mas pedalar sorrindo… os resultados saltam à vista! Onrron!

Voar

Pedalar é preciso! Saudade do vento no rosto. Velocidade. Voar…

Troco

Como todo bom taurino, retruco. Em alguns pontos, sou eu descrito. Em outros, contramão, vou ao extremo oposto. “Engraçado isso”. Não sei se é meu ascendente sagitariano que me puxa e me impele mas, apesar, sim, de buscar estabilidade na vida de uma forma geral, carrego uma ânsia por alçar meu grande vôo — talvez porque não vejo segurança em estar parado, talvez porque queira alcançar o MEU ninho. E levo pela mão quem estiver comigo.

A curiosidade inerente — e sadicamente açoitada no último parágrafo — é fato. Preciso saber, não porque ache que a vida dos outros seja da minha conta, mas porque tudo pra mim tem que fazer sentido. Sou uma pessoa dos sentidos — os cinco, os extras e os da razão — e harmonizar todos eles é meu grande dilema. Tenho cuidado de abrir mão de saber o que ainda não me pode ser dito.

Ciúmes? Tenho, quem não tem? Doentio? De jeito nenhum, nunca tive e digo com pureza d’alma. Simplesmente porque a entrega só ocorre quando há uma confiaça enorme e esta não dá espaço para aquele. O ciúme vem expresso em um momento de carência, em uma saudade fora de hora, em um desejo anacrônico — fruto da dificuldade de partir, o famoso let it go. Mas ele é meu.

A entrega… isso é um problema. Há uma (forte) tendência de me entregar mais do que o outro pode receber. Ou de me entregar demais para QUEM não pode bancar. Erro? Não sei, falta-me amostragem para saber direito onde o problema se encaixa. O caminho? Aprender a escolher, acredito. Mas jamais peça a Touro que lhe dê apenas um sorriso. Para isso, não precisa pedir. Se ele estiver dando, só aceite se puder.

Irritantemente detalhista e observador ao extremo, esmerado na sua expressão — seja ela qual for —, faltou dizer que Touro ama profunda e intensamente — seja ao amante, seja ao amigo —, cuidando desse amor com fé, carinho e força. Enquanto todos disserem que Touro é teimoso, este dirá que é perseverante — claro, uma coisa não impede a outra. E aqueles que conseguem ver além desse estigma encontrarão, muitas vezes, doçura prestimosa, além de uma inabalável lealdade.

About me

Touro: vá devagar que eu estou com pressa.
Touro empaca feito mula. Outra forma de dizer que sua teimosia é resistente como o diabo. Ou duro na queda, como o pensamento de Sigmund Freud, por exemplo, um Touro com ascendente Escorpião. Ou, ainda, sólido como a preguiça. Touro é o signo que trata do apego às coisas (dinheiro, coleção de cacareco, amantes, dogmas etc.) e da necessidade de renunciar à segurança que essas mesmas coisas sugerem.

Paciente como um boi, lento como um bom vinho, Touro terá tudo aquilo que lhe garanta segurança e/ou desfrute de prazer. Quem inventou essa mania de seguro de vida, de saúde, seguro contra furto de carros, seguramente foi um taurino. Como também o direito ao prazer de uma boa música, o compasso lento quando um corpo invade o outro, um bom prato de comida e aquelas coisas todas que mulheres inventam para seduzir ainda mais (enquanto �?ries conquista, Touro atrai). Posses, acúmulo, passividade, sensualidade, arte, machismo, dinheiro, contenção, beleza, concentração, dogmatismo são palavras-experiências que o Touro rumina durante toda a sua vida.

Por seu apego obstinado às coisas ou às pessoas, associamos Touro a ciúme, muitas vezes doente de pedra. Portanto, o que Touro mais teme na vida é perder. Ou, em palavras mais civilizadas, o que mais provoca desconforto ao seu admirável mundo estável é ter que fazer mudanças

É por isso que conhecemos Touros em atividades rotineiros (que requerem persistência), em casamentos fielmente estáveis, acumulando posses sem desfrutá-las ou com medo de explorar novas emoções (por isso Escorpião é o signo oposto a Touro).

Engraçado isso. Porque também é esse o signo das paixões arrebatadoras. Vênus, a deusa da beleza e da paixão violenta, governa este signo. Aqui há a presença de obsessões, que fazem o Touro, apesar de empacado a maior parte do tempo, de repente ser tomado de uma paixão violenta e sair em disparada, como um touro de tourada solto nas ruas da passional Espanha.

O signo de Touro, fundamentalmente trata da experiência humana da busca de sensação de estabilidade. Por isso, talvez, este signo está tão próximo da construção ou escolha de valores para viver. É preciso orbitar em torno de valores firmes, duradouros, para sentir que se tem uma vida estável. É curioso notar que alguns filhos de Touro alteraram radicalmente os valores que intermediam nossa relação com a vida. Karl Marx foi um deles. Hitler foi outro. Sócrates — o filósofo, Buda — o Mestre, o ativista afroamericano Malcom X e Frank Capra diretor de cinema que fez A Felicidade não se compra, são alguns exemplos de Touros que produziram valores novos, de substância.

Faltou apenas falar do outro lado deste signo, o da psicologia da amante que bate e faz suar os taurinos. Mas vou deixar você com água na boca, mordendo o lábio, porque essa história a gente conta outro dia. Quando a noite deitar sobre a lua.

(in céu em transe, joão acuio)

Para quem achava que Touro era um bicho fácil, né não. ;) Mas compensa…

Chico Xavier

Para anotar e lembrar sempre: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

Rosa

The Rose
(Amanda McBroom)

Some say love, it is a river
that drowns the tender reed.
Some say love, it is a razor
that leaves your soul to bleed.

Some say love, it is a hunger,
an endless aching need.
I say love, it is a flower,
and you its only seed.

It’s the heart, afraid of breaking,
that never learns to dance.
It’s the dream, afraid of waking,
that never takes a chance.

It’s the one who won’t be taken,
who cannot seem to give.
And the soul, afraid of dying,
that never learns to live.

When the night has been too lonely,
and the road has been too long,
And you think that love is only
for the lucky and the strong,

Just remember in the winter
far beneath the bitter snow,
Lies a seed that with the sun’s love,
in the spring becomes the rose.

Bette Midler, como Mary Rose Foster, baseada em Janes Joplin, no filme The Rose — She gave and gave and gave… until she had nothing left to give.

Eu queria tanto esse CD

Odoiá, minha mãe

Domingo mágico esse. Um sol de lascar, um céu azul de brigadeiro, muita dança e muita música. Apesar de aqui em São Paulo não ter mar, hoje os tambores tocaram alto para Iemanjá. Dona das cabeças, senhora do mar, deusa-mãe afro-brasileira. Foi bonito, muito bonito. Emocionante.

Eu ainda vou assistir a uma festa de Iemanjá na praia. Fazer uma oferenda e dar meu sorriso de presente sem nada pedir. Agradecer, simplesmente e com alegria, à vida. Odoiá!

Adestrado

Ha! Eu disse, não foi? Acharam o carro. Tô começando a achar que ele é adestrado.

Cruzado

Ok. ISSO é que é um domingo de sol, Pedrão. Muito bem! No hard feelings anymore…

Tudo bem que roubaram o carro ontem à noite. É, de novo, na rua, com a minha irmã — ninguém dentro, entraram e levaram, não se preocupem. Mas eu não vou ficar pensando nisso agora. Não depois de los, não depois de almoçar no Nutrisom, não depois de reabastecer meu estoque de incenso na Praça da República, não depois de acender um incenso de alecrim, não depois de um dia de sol como esse.

Não antes de assistir um show com o Oriashé — grupo de percussão feminino (e minha irmã) —, Mulheres de Ilú e Leci Brandão — hoje, às 16h, no Viaduto Major Quedinho, no Centro.

QUELÊ A RAINHA VERDADEIRA O bloco Afro Oriashé comanda a festa de pré-Carnaval que, além de um ensaio do bloco (16h), terá show da banda Mulheres de Ilú (17h) e da cantora Leci Brandão (19h). r. Major Quedinho, s/no, Bela Vista, região central. Dom. (dia 2): 16h às 20h.

(Guia da Folha)

Quando eu chegar em casa eu penso no assunto.

Granizo

Tô te lendo, Pedrão! Tô te lendo…
Manhã de sol, tarde quente, um dia cheio de luz depois de tanto cinza… Sei! Tudo fachada!!! Tu tava mesmo era querendo uma chance pra tacar pedra na nossa cabeça! :P

Beijo

“E, por algum motivo, desses que a gente não sabe e que a vida trata de explicar devagar e conforme se tem condições de apreender, apenas agora entendi a dimensão do que ele queria me dizer: aquilo que você escolhe para deitar os lábios suavemente para que não escape; aquilo que você beija com gosto e vontade; aquilo que se consegue isolar da insanidade cotidiana para sentir-lhe o sabor, a textura e a intensidade, se torna, de fato, a alegria.”

(30 de janeiro de 2003)

— Beije a alegria quando ela passa… — ela diz que ele disse. Concordo lindamente. :) Beijo, felizmente.