Era pra escrever ontem, então vocês leiam hoje e finjam que é ontem, ok? Eu tava ocupado com a mudança, caixas e mais caixas de bytes — dela, óbvio, que a minha era até modesta — e uma conexão que resolveu dar pra trás (opa!) bem na hora agá — por que “agá” não tem “h”, eu nunca vou entender, mas descobri que também significa amante, no regionalismo português (de Portugal mesmo), um título concedido a chefes militares turcos, título do chefe espiritual dos ismaelitas (quem?) ou chefe poderoso que não pode ser contestado, uma coisa assim de distinção muçulmana; melhor não mexer com o agá.
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Foco. Começamos bem…
Sentiram saudades? Eu não tava planejando voltar ainda não — eu não disse querendo, disse pla-ne-jan-do, que a questão é prática —, mas ela foi bem convincente: não consegue viver sem mim, fazer o quê?
E eu adoro um brinquedo novo, de preferência cheio de botões.
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E por falar nisso, Zel faz aniversário hoje — ontem, lembram? Cada vez mais velha e cada vez com mais badulaques da Hello Kitty, é impressionante! Mas como além de ser a aniversariante ela ainda fez o favor de nascer no Dia Internacional da Mulher — tá boa, santa? —, eu tinha que prestar minha mui singela homenagem: adoro essa foto, principalmente porque ela tá com cara meio de louca e eu não. Mas enfim, te amo, amore. E você sabe onde é afinal que eu te guardo — não vou dizer que é fácil, mas você é minha irmã-escolhida, até hoje, por bem ou por mal.
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Se eu me descuido de pensar, descubro que tô feliz. A vida não tá fácil, sabe? E tem uns trocentos assuntos a resolver, de questões menores de saúde a processos legais, passando pela vida profissional, o diabo! Grana? Esquece. Mas não falta o amor, não faltam amigos e isso ajuda bastante a agüentar o tranco; não resolve, mas alivia. Enquanto isso a gente vai levando, vivendo e aprendendo a jogar.
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Quando você fizer aniversário quero cantar no teu ouvido, baixinho. Deixa?
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Apesar das ruínas e da morte
Onde sempre acabou cada ilusão
A força dos meus sonhos é tão forte
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos estão vazias
(E depois de uma tarde,
Sophia de Mello Breyner)