“Seja lá quem te mandou
Meu amor te recebeu
E hoje o céu de sua estrela
Menino, sou eu”
O calendário me recorda.
Mas como é possível esquecer o que é cotidiano? Seria o tempo tão descuidado a ponto de nos esquecer? Não. O tempo é feito de nós. Ele existe porque existimos. Tempo é o que guardamos em nossas dobras, é o que encontramos em nossas mãos. Ele se prende em cada laço, em cada passo e habita os cômodos do lar-coração. O tempo pulsa.
Cozinho a lasanha de que você tanto gosta e desconfio que o principal tempero é o tempo — de descobrir-se, de conhecer-se, de entender-se e de amar. Amar o tempo que avança feito rio pelo caminho torto que é você, que sou eu, que somos juntos. Amo-nos faz tempo.