Entre hiatos e distâncias, resta sempre
o amor; sempre a imagem lenta
de um olho-no-olho por sobre a taça,
o arabesco dos dedos entre os talheres.
É sobre as mesas que os laços
se estreitam e se renovam,
quando largamos garfos e facas
e pousamos as mãos, sempre nuas,
sobre a toalha branca. — O amor é noturno
e tem sabor de café da manhã.
(para Fabi)