Babilônia

Diretamente do 11º andar, o meu jardim! E minha inabilidade em tirar uma foto decente com uma câmera compacta e tanta luz contra.

Fomos eu e a super-mãe sexta passada ao CEASA atrás de vasos, terra e plantas de gente grande — sim, porque as pequenas, a gata-exu não perdoa. E depois de enfiar tudo num carro comum e passar horas arrumando e espalhando terra pela sala, eis o resultado.

E agora eu tô torcendo para que os bambus resistam à adaptação. O variegata (menor, à direita na foto) se ressentiu logo no dia seguinte, e pareceu secar um pouco, mas já demonstra sinais tímidos de recuperação. Essa dobra no topo do caule, que não é natural, agora me pareceu meio brutal porque a ponta é a que tá sofrendo mais para se recuperar. Eu aproveitei e tenho borrifado água na folhagem. O mossô (grande, à esquerda) tava lindo e verdejante, mas, faz uns dois dias, resolveu amarelar um pouco e tá perdendo folhas rapidamente. Pelo que eu pesquisei não é incomum acontecer e depois de adaptado as folhas nascem todas novamente. Oremos!

Os gatos, como se vê, já estão perfeitamente integrados à paisagem. Integrados demais, a julgar pelas marcas de patas na terra dos vasos…

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No fim do ano este blog completa 10 anos. Por incrível que pareça, ele conserva todos os seus posts, desde o início. Muito já não condiz com a realidade e o seu começo soa ridículo, mas sei lá, já foi realidade um dia — caminho, escada.

E eu sou taurino, né? Tenho essa coisa de carregar tudo comigo.

Eu sinto que perdi um pouco o jeito, não tenho mais a mesma vontade de escrever aqui. Mas pela primeira vez sinto necessidade, como quem volta às aulas de dança ou à natação. O exercício me ajudava, tanto nas horas boas, quanto nas ruins, mas foi um pouco por cansar da lamentação que eu fui largando. Isso e um sentimento besta de por que e pra quem eu falava tudo isso.

Pois bem. O problema da lamentação não era o blog, era eu, como todo o resto. Como sempre, como todo mundo. Assim como o legal não é o blog, sou eu — ele me reflete, em partes, blocos, em fluxos, em silêncios. Minha filosofia é barata, mas é minha. E às vezes minha rima até é rica. Mesmo miseráveis os poetas, os seus versos serão bons — mas aí quem disse foi o Chico, eu só acredito.

Sem hipocrisias. Quem não quer se expor, não mantém um blog. É (também) um exercício de ego, bem ou mal explorado. E pensando bem, deixe que digam, que pensem, que falem, como diria Jair Rodrigues. Não tô devendo nada pra niguém.