Pequenos pedaços de um coração cheio de sangue

Vamos lá, mais uma dose de pouco sentido.

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Eu lembro de você em detalhes incrivelmente intensos e, às vezes, dolorosos. Não pelo que poderia ter sido — tudo foi o que poderia ser, tanto que foi —, mas pelo que foi, exatamente; pelo que (me) significou, pelo que eu senti, pelo que eu sou.

Desculpe, mas isso não tem mais nada a ver com você. O protagonista daqui onde vejo sou eu, você saiu do enredo faz tempo; eu que continuo a narrar as horas que pingam dia a dia, como uma torneira sobre uma pilha de pratos sujos na pia.

E há as profundas e delicadas alegrias. Teus olhos luminosos, tuas mãos, teu ar desconsolado. Teu verbo, tua preguiça, teu adormecer enquanto eu falo. Teu jeito de criança (teu amor ainda criança, tão carente e inseguro), teu toque, teu beijo. Teu perfil, teus lábios, teu carinho, tua inesperada volúpia. Meu sorriso.

Você tem vários rostos, alguns nomes, diferentes amores. E eu não sei mais quem é você. Aconteceu de eu te conhecer e às vezes eu até te re-conheço. Mas resisto à tentação — e ela às vezes é tão forte! — de te procurar onde o tempo não existe mais. Eu te procuro em mim, tento te entender em mim e te procuro, assim, sem querer procurar, ali adiante, quando não te conheço, onde não sei se te encontro.

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Eu acreditei que você existia. E acreditando que você existia te conheci sem perceber que você existia, antes de mais nada, dentro de mim. Às vezes criei você. Ou melhor, eu te construí a partir de você mesmo. Te procurando, me perdi; me procurando, achei você. E você foi pra mim como só pra mim poderia ter sido. Porque só deus sabe o como e quando e quanto eu amei você. Divinamente.

Não sei se me acostumo com essa solidão de existir. Mas agora que eu existo — por que antes eu não existia, percebe? sem você eu não existia —, você vai ter que ser e existir por conta própria. E se você não existir, ora, então eu vou ter que arcar com a dor, a decepção, ou seja lá o que for, da tua inexistência. E olha, não é fácil.

Mas se você existir, coração, eu espero te encontrar em um desses momentos onde o tempo esquece de existir e o peito repete, insistentemente, o mesmo compasso.

Vento

Bê-i-cê-i-cê-ele-ê-tê-á,
Sou sua amiga bicicleta…

Update — YouTube’s back

Fogo de palha, como era de se esperar.
Este país não é sério, é? Palhaçada.

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Ah, sim, quer dizer que quem moveu o processo foi o namorado?
Então retirem-se as maldições outrora rogadas à furunfadora.

Viram como eu sou magnânimo? :P

Vai tomar no cu, filha!

Os fofos ficam furunfando em areias pú-bli-cas espanholas e ainda conseguem na justiça a proibição do acesso ao YouTube NO BRASIL INTEIRO através dos provedores de internet, que foram obrigados a bloquear o conteúdo.

Que lindo, eu moro num país de alguma didatura fundamentalista e nem sabia.

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Aos geeks de plantão. Eu tenho um domínio e uma hospedagem (linux, Debian) registrados fora do Brasil. Se alguém me der uma maneira de burlar o bloqueio eu prometo liberar o endereço http://youtube.cantorum.com enquanto essa decisão judicial não cair — o que deve ser logo; o que tem na cabeça desse juiz, merda? — ou enquanto não comprometer a minha banda (4Tb, veja bem) ou uso de CPU.

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E por favor, quem tiver o vídeo — que eu nunca vi, nem me interessa — faça a gentileza de disponibilizá-lo em TODO E QUALQUER lugar. Eu quero ver quantas ordens judiciais a boca-de-sapo consegue. Que decadência, né, minha gente?

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Melhor, porque vai que é isso mesmo que ela quer.
Eu espero que a bunda dela caia e os peitos fiquem muxibinhas. :P

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Pronto. Passou e eu sou só paz-e-amor novamente. =)

Fever

Já é 2007? Pois muito bem, já é 2007, quem diria.

E eu te desejo uma febre. Daquelas que talvez te pegue desprevinido; por dentro, tão quente que por pouco não te atente o juizo, arda, em chamas te consuma e te transforme.

Como? Aí é contigo.

E uma musiquinha, porque esse troço é bom demais.