Já notaram como as pessoas perdem seus pudores na internet? E não é questão de anonimato! Por exemplo, geralmente tem-se vergonha de conversar sobre detalhes a respeito de sexo, cara a cara ou por telefone, com um amigo relativamente recente — eu disse amigo, não pretê —, mas pelo Messenger bastam dois minutos pro papo descambar pra putaria. Também não é sexo virtual, veja bem.
Por que eu não sei, mas é assim. E como eu já não sou lá de muitos pudores mesmo, acho graça. O problema é quando confundem meu despudoramento com outras intenções ou mesmo flerte — que comigo é outra história, muito mais sutil. O buraco não é mais embaixo, não, nem vem! Falar é uma coisa, fazer é outra.
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Quem já se inscreveu naquele tal de sms.ac e pode atestar e dar fé de que aquilo realmente funciona? Pode-se mandar torpedos de graça pros quatro cantos mesmo? Eu recebo semanalmente uma dezena de convites de pessoas conhecidas — que obviamente vão direto pro lixo —, muitos dos quais repetidos ad nauseam, o que só me inspira desconfiança. Tudo o que eu não preciso é de um pouco mais de spam.
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Eu vou começar a apagar da minha lista todo mundo que mandar mensagem dizendo que os serviços do Orkut serão cobrados a partir de outubro, tô avisando!
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E os convites pro Orkut? Assim, eu gosto de gente que tem alguma percepção do que não é dito, mas que é meio óbvio, sacumé? Daí, menininha, cara de lolita, seus 18 anos, e que o que gosta mais de fazer é sair pra balada com seus “miguxinhus” — seja lá o que for isso —, me escreve (escreve?) algo como: “oi mininu t axei na comunidade eu bjo bem te add falow tem msn?” — assim, de uma tacada só.
Juro que eu fiquei com vontade de escrever algo do tipo: “Lindinha, olha só, não é neste mato que tu vai encontrar coelho, não!” — será que ela ia entender? Fora os casos que não inspiram nem comentários. Ô, povinho mais sem savoir-faire!