E por falar em amor…
Chega mais
Closer. Eu achei muito bom. Lindo mesmo. E psicologicamente capaz de me causar mais desconforto do que muito filme de terror quando eu penso no assunto — bom, estamos falando de relacionamentos. Mas se o Jude Law quisesse ficar conversando comigo com aquele sotaque inglês — não precisava mais nada — ao som do terceto “Soave sia il vento”, da ópera Così fan tutte, de Mozart, e depois voltar pra tela do cinema eu não ia achar nem um pouco ruim.
Mas pra ser sincero, se fosse pra escolher acho que eu escolheria o Clive Owen, apesar de ele ser meio (meio?) maquiavélico. Porque olha só, eu não me dou bem com aquela coisa inconstante e indecisa (pra não dizer covarde) do outro. Me ama? Então não brinca com isso e me encara de frente, sem mentiras.
Lacrima felinum
E eu não posso mais ouvir “Memory”, do Cats, que eu lembro da cena e da vontade de chorar junto com aquela gata toda estrupiada e abandonada. Um choro com eco de medo, um medo de ficar sozinho, sem um toque — algo tão felino. Um medo tão humano.
Engraçado que eu chore quando não me sinto sozinho, e quando sinto, não chore. Quando não há motivos, não sinto medo de me sentir triste, quando os há, parece que tenho medo que ela saiba que a sinto, como se ela pudesse chegar e nunca mais partir. Muito besta.
O monstro embaixo da cama
Medo. Temos medo. Medo de sofrer, medo de gostar, medo de perder, medo até de ganhar — antecipamos o próprio medo. E por quê? Pra quê? Por que simplesmente não andamos mais rápido, ágeis e despistamos o medo? Não é tão difícil, embora pareça, basta apenas um pouquinho de centro, um tantinho de auto-suficiência, confiança, amor-próprio; é uma semente apenas que basta, acredite.
E digo porque sei, porque fui, como tantos, o arquétipo perfeito do adolescente complexado: baixinho, gordinho, tardio no meio daquele monte de gente bonita, gostosa, como cara de homem, mulher — um poço de insegurança. Mas o que sempre foi meu nunca ninguém tirou, eu que não sabia, eu que não conhecia, eu que não queria ver. Minha voz sempre foi minha, meu talento sempre esteve aqui e meu sorriso foi sempre o que dizem. E mesmo assim, eu sempre quis incorporar o que eu não era, belezas que não eram minhas. Medo, puro e simples.
Acho que o medo mora, sim, embaixo de nossas camas, como sempre nos disseram os contos de infância; no escuro, frio e arrepiante. O que ninguém nos disse é que o maior medo de todos, o pai e mãe de todos os outros medos, aquele que só esquecemos loucos, bêbados, surtados pra depois também não (querer) lembrar, é o medo do espelho: nosso reflexo, o médico, o monstro, o santo, o que é por nós mais negligenciado, talvez a nossa única e legítima redenção. Verdade é que temos medo, intimamente e mesquinhamente, de nos ver e de nos gostar.
“First I was afraid, I was petrified…”
Tem certas diversões que somente um ônibus Teminal Guarapiranga lotado trazem pra você, confesso. Por exemplo, ver o mano da zona extremo sul de São Paulo dar pinta lindamente do meu lado. Que coisa mais meiga…
Amigo, ou melhor, bi amiga, se você realmente acredita que o armário é um lugar gostoso de se viver, então, pelamordedeus, não saia por aí dizendo o quanto você faz sucesso com a viadagem reunida da Alameda Santos como se isso fosse algo que te impressiona porque não vai pegar bem pro teu lado. Tampouco diga que eles estão por todos os lados, que “parece doença”; quem muito desdenha quer comprar, lembra? E definitivamente não! Não, não e não! Não se vanglorie por aquela vez em que um daqueles gêmeos da TV te deu bola — um deles parece que é gay, né, eu mesmo não sei qual, mas você sabe! Enfim, não importa, você não pode dizer que ele ficou te encarando com aqueles óculos tipo caçador “lindos pra caralho”, de brações cruzados, que ele é assim, bonitão, todo malhado, com aquela “blusa coladinha” e que ele te deu um “sorrisinho simpático” — é, simpático, é sim, mas você exagerou um pouco aqui, viu? Afinal de contas, cê é bicha, mano?
Sei não, você diz que não entende, mas eu tenho cá pra mim que a menina com quem você falava entendeu foi tudo! Ô, foi mal aí, certo? Firmeza?
Ser retalhos
Eu fico enrolando pra escrever e dá no que dá, esqueço metade e um monte de coisinhas de duvidosa importância não relacionadas. Ou sim.
+
São Pedro, meu velho, o que você pretende? Transformar essa cidade numa horta hidropônica? Eu não agüento mais andar por aí de pé molhado!
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Será que um dia o blogger.com.br vai arrumar essa história de ter que colocar /index.html em todo e qualquer endereço de blog ou eu vou ter que atualizar os meus links? Tenho nojo de teia de aranha.
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You’re the color yellow. Happy and all-around
cherrful, you make it your mission to brighten
everybody’s day. You’re painfully optimistic,
always making it so that the cloud
(e? cadê o resto?)
What color are you?
brought to you by Quizilla
Viu? Eu sou super legal — um anjo de candura!
“Venha brincar conosco, Danny. Para todo o sempre.”
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“O que você foi fazer num show de rock com o volume super alto, num lugar pequeno e super quente?”, perguntaria você. Eu respondo: o amor é lindo!
“O que ele foi fazer num show de rock com o volume alto, num lugar pequeno e super quente?”, você de novo. E eu: a amizade é linda!
“O que eles foram fazer tocando com o volume super alto daquele jeito?”, você, pentelhando. Ora: ema, ema, ema, cada um cos seus pobrema!
+
Ele nem ia ficar aqui ontem, mas eu joguei sujo — olhos pequenos, boca manhosa, sussurros pidões: ah, essa minha verve! Ninguém mandou namorar um taurino. Mas já que tá aqui, fica mais um pouco, vai? ;)
+
Hoje tem batuque. É, candomblé, macumba. Festa de saída de um amigo querido. Eu nem sou disso, mas a minha Oxum tá aqui, gritando, louca e feliz pelos tambores — ahã, só pelos tambores, sei.
Pai, cadê você pra dar uma equilibrada nesse fogo? Socorro!
Quizz me, tender
You are Prospero from the Tempest!
You care deeply for people –
yet sometimes your protective
nature can hurt you.
You see beauty and magic in nature.
a (real) shakespearean quiz
brought to you by Quizilla
+
The role you were born to play
is Harrold Hill from the Music Man.
You are able to convince other people
to follow your lead.
Playing this role you’ll be able
to do just that while singing. A LOT!
what theatre role was i born to play?
brought to you by Quizilla
Olha o respeito com a madame!
Ei! Hoje é aniversário da minha mãe, faz favor!
Sambão hoje à noite, é o que há. :P
+
E hoje é dia de São Sebastião.
Certa maneira, um meu pai.
Vou explicar não.
+
eu cheguei vestido de rei
quem me chamou
eu cheguei vestido de rei
mutalambô
Antropofagia amorosa
(Clarice Lispector)
Sim, às vezes tenho vontade de te engolir, de ter-te dentro de mim, para sempre.
+
Eu acho, por experiência própria, que o conceito de almas gêmeas é perigoso e limitante. Se não somos constantes nem dentro de nós mesmos pela vida inteira, esperar que duas pessoas estejam eternamente em sincronia acaba por ser frustrante, pois cedo ou tarde mudamos, nem sempre pro mesmo lado, nem sempre ao mesmo tempo. Ao invés disso, buscar uma unidade em nós mesmos que não seja excludente de caminhos conjuntos é o que possibilita, ironicamente, que encontremos no outro não nossa completude, mas algo que nos instiga e nos inspira. Sendo assim, acredito que tal preenchimento pessoal gera espaço para afinidades gêmeas; trilhamos caminhos e construímos ao longo de nossa jornada um convívio que é tão longo quanto deve ser. [Em tempo, demorou mas eu te achei de novo. De novo um beijo.]
Terra da garoa
Como bem lembrou Luca, nas sábias palavras de Regina Casé: São Paulo é uma cidade que não pára porque você nunca consegue achar lugar pra estacionar.
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Serra gostou da história de chamar a outra de Martaxa. E o que ele fez na primeira semana do ano? Aumentou o IPTU e a taxa do lixo — que ele tanto criticou.
Hipocrisia? Não, imagina…
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E a única coisa subterrânea no metrô são mesmo os seus túneis porque o preço da passagem subiu: R$2,10. Quem gostou das justificativas? O aumento é por causa das obras de expansão da rede de linhas do metrô. Eu quero saber se depois de prontas as linhas a passagem vai voltar ao preço anterior. Bilhetes múltiplos de 2 não têm mais desconto e os de 10 tem apenas R$1,00 de desconto. É porque pessoas que compram bilhetes múltiplos têm mais dinheiro. Genial! Realmente brilhante! As pessoas pagam adiantado pra economizar porque têm mais dinheiro!
E o pobre coitado pé-rapado que nunca consegue dinheiro pra comprar um bilhete múltiplo agora periga não ter dinheiro nem pra comprar um unitário.
Expressões regulares
Sabe o que são? Não? Tudo bem. Mas se você usa o MT e odeia aquele maldito spammer Bob com todas as duas forças, então eu tenho algo pra você. E de graça.
Instale o MT-Blacklist — é uma ordem. Se a sua versão é muito antiga e não suporta expressões regulares, atualize. Vá lá onde a gente adiciona itens a serem bloqueados, em advanced e coloque a seguinte palavrinha mágica (ali, em regex):
\bbob@y[^\s.]+o\.com
E diga adeus aos endereços [email protected] daquele feladaputa! :)
Primeiro amor
E de repente você estava ali. Eu tive medo. Mas não o medo ao qual eu estava acostumado, era um medo novo, um medinho besta — ou não era um medo. Era como se já tão habituado às piada do tempo eu não estivesse mais pronto para o silêncio e a lentidão prestimosa do mundo girando longe de nós. Mas você estava ali e eu também, os dois segurando seus sonhos-em-flor, presentes tão sem jeito, como se todo o tesouro de uma vida fossem aquelas pétalas de amor tão fustigadas pelo vento; e por isso mesmo a própria vida em flor.
Eu olhei para você que sorriu sem graça, quase menino — menino me fez. Não tive mais palavras, todas elas e tudo o mais não passavam de reles observadores; destino era o espaço ao mesmo tempo imenso e infinitesimal que separava a tua boca da minha. E foi assim que anos ruíram, castelos, pedras, muralhas, tudo se incendiou quando eu te vi como a um primeiro amor, como uma estrela, como uma lua, como deveriam ser todos os amores — você também viu? —, pleno do que há em cada um de nós e ainda espaçoso como um parque. E te chamei para brincar.
À noite todos os Orkuts são pardos
Será que não vão parar de reiventar a roda? Primeiro foi o Orkut, e até colegas de pré-escola, vejam vocês, já me encontraram por lá — uma coisa assim, procurar meu nome bordado no avental da foto antiga com lupa; é legal, não nego. Depois o Multiply, Link, Hi5 e um tal de Gazzag — cópia descarada e sem vergonha do Orkut.
Será possível que nunca mais alguém vai ter uma idéia interessante e nova de serviço pra colocar em prática nessa joça de internet?
Aliás, tem gente demais aqui de novo; hora de fazer a rapa! No hard feellings.
Mordendo a própria língua
Hipócrita e hipopótamo não parecem ter o mesmo prefixo à toa. É como eu que reclamo que tô gordo e saio pra comer uma banana split com o namorado. Eu comi a minha e ele a taça dele, que fique bem claro. Fodeu. Alguém tem uma esteira aí?
Verdade seja dita
Eu sei que o assunto é tabu, tal e coisa, coisa e tal, mas eu preciso entrar em dieta, retomar alguns exercícios urgentemente; é isso ou caminhar direto para o abate!
Sei não, eu bem que levei a sério essa história de crescimento pessoal ano passado, mas não era exatamente isso que eu tinha em mente. :P
Eu queria ser um peixe
Vou dizer que olhando pro sol nascente, debruçado num janelão do sexto andar com vista direta pro mar e de cara pro vento, até o Guarujá — mais precisamente a praia de Astúrias — parece um paraíso. É bem verdade que na companhia em que eu tava podia ser a vista do Vale do Anhangabaú que eu não tava nem aí! ;)
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Eu não tinha idéia de que naquela ilha existia uma lugar como Iporanga. Um paraíso — literalmente — a uns 90 minutos de São Paulo? Mata, cachoeira com piscina e comodidade: eu quero uma casa lá, na ponta da esquerda, Condomínio Cachoeira!
Eu e a torcida do Flamengo, mas enfim.
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Decididamente as ruas do Guarujá não foram feitas pra quantidade de carros que por ali transitam. O que, de fato, contribuiu para o estado preguiçoso geral da nação — eu não saí de São Paulo pra pegar trânsito na praia, nem morto!
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Quero mais. Você. Agora. Será que a incrível ilha do desenho ainda está disponível?
Vamos a la playa
Tchau! E se tudo der certo este post será publicado no momento quase exato em que eu estarei aportando em terras de altitude zero — morram de inveja, mas só um pouquinho, pois é perto e rapidinho. Um brinde à tecnologia e à sua (ainda) incapacidade de trazer areia e brisa do mar pra dentro de casa, o que me obriga — vejam só como eu sofro — a ir buscá-las in natura.
Cyber-palmatória
A pessoa gasta tempo montando um servidor, instalando Linux, configurando um firewall, instalando caça-vírus que se atualiza diariamente no desktop, fazendo uma penca de atualizações no sistema operacional e pra quê? Pro pai da pessoa vir, assinar tudo quanto é tranqueira via e-mail, receber vírus toda a semana, não lembrar o que baixou, nem onde, nem de onde, negar até a morte que executou programa que não devia e ainda por cima clicar num link chamado “cassino online” — ele jura que era “bingo”, ah bom! — e foder o meu barraco com toda a sorte maldita de spyware, adware e o caralhoware. Por que não me ouve, porra?
Eu grudei chiclete na cruz, só pode ser!
Dei peteleco nas bolas do cordeiro.
Ainda vou inventar uma cadeira ligada na tomada e no micro: clicou, leva choque!
A maldição do celular — em um cinema perto de você
Por que, ó céus, por que nenhum site de operadora de telefonia celular funciona? Por quê?! Por quê?!! Por quê?!!! É tão difícil assim idealizar e implementar — veja bem, eu disse “e”, pois só ter idéias geniais eu mesmo tenho pelo menos umas três por dia — um script que pegue o número do seu celular, a sua senha, confira se o primeiro é válido e se a segunda está correta e simplesmente, em caso afirmativo, alegremente redirecione o seu lindo cliente para a página de serviços? Eu já fui cliente da BCP, da Vivo e agora da TIM, e se minha vida dependesse do sistema web delas eu já cortava os pulsos aqui mesmo pra abreviar meu sofrimento!
Um mui gentil atendente da BCP, certa feita, me informou gerundicamente que o site estava com problemas e que eles já estavam trabalhando nisso. O sistema estava inoperante havia SEIS meses, é sério. Na Vivo dava até dó: no ano em que fui cliente cadastrei me número para receber por e-mail, mensalmente, a descrição detalhada das minhas chamadas. Recebi umas três no ano todo, as três erradas e/ou atrasadas. Não faz uma semana que eu tô na TIM, e embora o celular funcione que é uma maravilha, o site parece não ter idéia de que o número da minha linha existe; os atendentes, claro, não têm idéia do que está acontecendo.
Vamos combinar, é um milagre entrópico eles saberem qual cliente é de uma operadora e qual é de outra porque aquilo é a mais pura expressão do caos!
Miserere nobis…