
Um mini Adônis (é isso, Clau?) — ou será um Ricky Martin de pelúcia? — perdido na (sua) floresta. Se eu não voltar até sábado, mandem o batalhão Playmobil!
Navegar. É preciso viver, não é? Preciso.
Olha, eu tenho (relativamente) que dizer que eu vi, enfim, Amélie Poulain e amei — impressões a posteriori —, que Shrek 2 é fabuloso, que eu estou tomado por divagações interiores, mas que isso tem cura, espero, que eu acho que ganhei mais uma amiga de infância — prá variar, do nordeste; e tudo isso não passa de um plano escuso do meu inconsciente prá me transformar em caixeiro viajante, tenho certeza —, mas agora não dá prá me aprofundar em nada; tô com sono.
Você sabe o que é dormir à 1h, acordar às 4h e ir prá algum ponto perdido perto de Botucatu — Bofete e Pardinho (é, cidades!) são referência prá alguém? — rodar por estradinhas de terra atrás de locação prá equipe fotográfica? Eu também não, mas, ei, tão pagando! Então, até sexta, ou sábado. Vou virar guia de fotógrafo, modelo, assistente e motorista e terminar de ler meu livro lá onde o que mais se assemelha às buzinas do trânsito é o mugido da Mimosa.
Eu posso com isso? O amigo fazer aniversário justo hoje! Ai, a bicha é metida… ;)
É o quê?! Sexualidade prá mais de metro? Quem foi que inventou esse termo?
Tanto alarde só porque o cara passa hidratante! Outro dia peguei umas amigas reclamando dessa onda de metrossexualismo. O engraçado é que já peguei uma ou outra dessas mesmas amigas reclamando da falta de homem sensível, vaidoso e que se cuida no mercado. O que me faz pensar: acho que o problema não é o cabra se cuidar demais, mas competir com elas. ;)
Mulherada, vejam só: vocês têm agora o amigo gay que sempre quiseram em versão bofe, só prá vocês comerem. Tão reclamando do quê? Ô, auto-estima…
Eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando, mas eu preferi vir aqui fazer um apelo: Procuram-se baixos e contraltos para madrigal.
Explicando. Desde o começo do ano que, todo mundo sabe, é depois do carnaval, eu estou à frente de um grupo vocal do qual ela e ele fazem parte, entre outros. A proposta é trabalhar um repertório não exatamente próprio de, mas que possa ser executado por uma formação de madrigal, em grupo vocal a cappella, com 10 a 12 pessoas. Muito do trabalho, portanto, está centrado no repertório renascentista, de nomes como Giovanni Pierluigi da Palestrina, Orlando di Lasso, Jacob Arcadelt e Claude de Sermisy. No entanto, compositores como Anton Bruckner (séc. XIX) e Camille Saint-Saëns (séc. XIX-XX) também estão presentes; brasileiros hão de vir.
Então é isso: precisamos de baixos (ou barítonos) e contraltos (ou mezzo-sopranos com vocação para as profundezas). Precisamos de vozes graves! Se você, amiga, é chamada de “senhor” ao telefone, nós te amamos. Se você, amigo, é um trovão falando, nós somos a solução dos seus problemas. Alguma experiência vocal e musical é desejável, mas formação musical propriamente dita não é necessária; timidez a gente cura. Disponibilidade para ensaiar às terças e quintas, das 20h às 22h, na Aclimação, São Paulo.
Tá esperando o quê? Entre em contato!
O Polzonoff é o meu �?dolo! ;)
(adoro posts meta-emotivo-inter-herméticos, fico até emocionado…)
Oh, a sweet clementine
Oh, dancers in line
If living is seeing
I’m holding my breath
In wonder — I wonder
What happens next?
A new world, a new day to see
I’m softly walking on air
Halfway to heaven from here
Sunlight unfolds in my hair
Oh, I’m walking on air
Oh, to heaven from here
If living is seeing
I’m holding my breath
In wonder — I wonder
What happens next?
A new world, a new day to see
(New World, Björk)
Não são os sonhos um convite à realidade?
Hoje sonhei um beijo. A meia subida do elevador envidraçado você me beijou sorrindo. Não foi um beijo apaixonado, não foi um beijo furtivo, não foi nada que ofendesse a nossa inocência, o que a câmera de segurança flagrou foi apenas um beijo sorrindo; você entregou um sorriso maroto, pendendo das orelhas, na forma de um beijo. Eu ri e te abracei. Assim subimos, rindo e de mãos dadas num elevador envidraçado que eu não sei aonde vai dar.
Logo depois sonhei que fazia um pão; de um sonho a outro, resolvi fazer o pão que nunca fiz, e sem receita. Juntei farinha, ovos, fermento, tudo desordenadamente e sem critério. O sonho me dizia que era assim mesmo, fazer pão era como assar um sonho com sorrisos, choros, beijos, dúvidas, risadas medos e aflições, defesas que quebramos na bacia. Então, de tudo o que nos é anseio, temor e desejo escolhemos o que há de rico para dar sabor à massa. E o pão crescia e fazia-se pronto ali no forno das minhas mãos.
E acordei ouvindo Björk.
céu de estrela sem destino
de beleza sem razão
tome conta do destino xangô
da beleza e da razão
viva são joão
viva o milho verde
viva são joão
viva o brilho verde
viva são joão
das matas de oxossi
viva são joão
olha pro céu meu amor
veja como ele está lindo
noite tão fria de junho xangô
canto tanto canto lindo
fogo fogo de artifício
quero ser sempre o menino
as estrelas deste mundo xangô
ah, são joão xangô menino
viva são joão
viva o milho verde
viva são joão
viva o brilho verde
das matas de oxossi
viva são joão
(Caetano Veloso e Gilberto Gil)
A Danuza diria que é brega, mas quem liga prá ela?
Com zabumba, triângulo e sanfona eu vou deixar aqui a minha fogueira prá hoje à noite, vou atiçar minhas estrelas pro céu. Porque o inverno agora recua e há que aquiescer; depois da noite mais longa do ano — e foi muito o frio que ela me fez — o melhor é cantar pro (meu) sol nascer.
Eu adoro quando o iorgut fica jogando a gente prá fora clique sim, clique não, sabe?
Não sou lá muito fã do Caceta & Planeta, mas vou dizer que “Lábio Assunção” foi uma tirada ótima! (Ei, só por eu estar vendo já mereço crédito, vai?)
Ainda não muito à vontade com aquele assunto e tentando não pensar a respeito; razão e emoção não dão uma boa dupla dinâmica. (Quanto não nessa frase!)
Que mais?
Essa porra dessa greve vai acabar logo ou tá difícil?
De repente me deu aquele friozinho gostoso na barriga… E como é que se faz? Como é que a gente não aciona aqueles mecanismos de defesa quando tá em estado de sítio? E como não tropeçar nos mecanismos de defesa do outro? Hein?
Et in terra pax hominibus bonae voluntatis.
Eu tenho cactos na minha janela. É, cactos! Eles não são lindos? Não que eu não goste de flores, eu as adoro. Mas na minha janela tenho cactos. Primeiro, porque eles sempre estão ali. Tinha um playmobil sobre um cavalo ornando com o cenário também, mas ele sumiu; acho que preferiu a mata atlântica do jardim, uma coisa menos faroeste. Mas então, os cactos. Segundo, porque as flores vêm e vão. Basta um período mais seco e elas perdem o viço; e meus cactos continuam ali, verdes. Terceiro, porque as avencas não gostam da minha janela; não sei se é o sol ou o vento que ela vive aberta, mesmo no frio, por causa do sol e do vento.
Mas o mais importante talvez seja o fato mais simples: cactos estão sempre cheios d’água. E nem todos têm espinhos. E seus espinhos não são letais. Permanência. Resistência. Evolução. Eu tenho cactos na minha janela prá me lembrar não da casca, mas sim da essência, da vida que por (des)ventura me escape.
Cactos no deserto são mais belos que as flores.
Um sono tranqüilo, por favor. Com sonhos suaves em molho levemente picante. Mas cuide para que não o passem demais do ponto, ou ele fica amargo. E eu não quero aquele travo na boca, nem aquela queimação embaixo do peito. Não hoje.
Alguém mata a Caballé, mas não deixa ela cantar assim do meu lado.
Quando o grito falha e a garganta trava, sinto a maior falta de não conseguir chorar. É quando o silêncio se faz surdo e as vozes se tornam ásperas que eu gostaria de saber dançar divinamente. Violentamente. Saltar distâncias impossíveis, sonhar piruetas improváveis, rasgar de um único (im)pulso toda a irrealidade dos pés descalços de um pas des deux. Ouço Brahms e sua quarta sinfonia é um orgasmo dissonante. Mas deveria ser Tchaikovsky. Ou Bethânia. Os vizinhos dormem? Foda-se. Essa emoção me afoga mais do que lágrimas o fariam. E eu não quero, não posso me afogar porque tudo ainda é muito caro, muito novo, e não há desgosto maior do que ver a morte no que ainda nem brotou. Ah, que venham os raios, os trovões e a tempestade, enfim! Que venha o medo, o desespero, a ira, a violência! Mas que não se vá a benevolência e o amor de que sou feito porque não há dor maior que o desamor e isso eu não posso suportar. Agüento as palavras, os gritos e toda a sorte de brutalidade, desde que não falte amor em minhas veias. Eu preciso dizer que te amo como eu preciso da água fresca na minha garganta, na minha cabeça, escorrendo sobre o meu corpo de menino nu. Veja! Eu sangro! E é vermelho o gosto amargo na minha boca! Uma boca que beija e morde, mas que não mente. Uma boca que chora a dor de ter nascido. Uma boca que canta. E meu canto é meu maior tesouro que te dou sob a lua, sob a rosa, sob seu signo onde, é sabido, não se pode mentir. Eu te dou o meu amor.
Estou bêbado de mim e tenho medo. Medo do penhasco que me desafia. Medo do abismo que há em mim. Eu só preciso crer, eu só preciso aprender que sei voar.
Acharam o carro. Já é a quarta vez que ele vai e volta. Fala sério, parece cachorro!
Segundo a polícia, foi encontrado em frente a um centro espírita ali por perto. Minha mãe riu — há que se rir — e disse que os barbudinhos resolveram ajudar; é bem provável. Agora, já vi bloqueio policial, mas bloqueio espiritual é a primeira vez!
O celular? Veja bem, sorte e uma coisa, milagre é outra. E o resto a gente resolve.
Uma dose bem amarga de xarope, bem grande, prá eu engolir de uma vez, claro + um carro roubado no meio da noite, bem no dia da visita a uma amiga que eu não vejo há 10 anos + o aviso de que o celular da mãe provavelmente estava no carro + a feliz descoberta de que a minha habilitação venceu mês passado e eu nem sabia = aquele fim de semana do cão e sem parcelamento.
Eu queria saber quem foi que andou botando pecado na minha conta.
“Acontece”, diria você. Vai por mim: não diga; com sorte eu durmo até segunda.
Dói, sabia? Aliás, como qualquer processo de cura, por melhor que seja — embora nem sempre se perceba (nem a dor, nem a cura). Vê se não esquece.
Vamos lá, serviço de utilidade pública:
Quem quer uma conta de e-mail do Google? O famoso Gmail.com que dá 1Gb de espaço, mas que por enquanto só está disponível para alguns sortudos (inclusive alguns usuários do Blogger.com, então vai lá conferir, blogueiro!)? Eu tenho 9 convites prá distribuir — tá ficando ridículo já, de onde aparece tanto convite? Veja bem, você faria a alegria dos seus amigos que volta e meia recebem aquela respostinha *irritante* de caixa postal cheia. :P É de graça! Mas se você resolver dividir o próximo prêmio da mega-sena comigo eu nem vou achar ruim. Juro!
Deu na Folha de São Paulo de hoje. Sinceramente? Eu não vou entrar no mérito da questão porque a coisa toda me dá nojo. Vamos combinar, não fosse o ano de eleição e o PFL, o PSDB ou qualquer outro que o valha não iriam fazer tanto alarde pelo salário mínimo. E mais, fosse outra a dobradinha governo-oposição e a gente podia muito bem inverter os papéis. Quem vê pensa que os direitos e anseios do cidadão brasileiro enfim encontraram voz no brado de mui nobres cavaleiros — estamos falando de meros 15 reais que a oposição luta bravamente por aprovação. Não sei quem me irrita mais, o governo que não consegue dar uma perspectiva decente de melhora para a população ou a oposição que posa de boa samaritana encenando uma gladiatura por migalhas. Roma morreria de orgulho em ver seu circo perpetuado. Mas o que falta mesmo são alguns leões dentro do plenário.
Ah, sim, mais alguém viu a ridicularia que a Danuza Leão escreveu outro dia sobre o arraial presidencial? — festa junina agora é brega, gente! Mas tudo bem porque ela já foi devidamente esculhambada pela Marcia Camargos (jornalista e doutora em História Social pela USP) no que obviamente não tinha cacife prá falar. E pelo Carlos Heitor Cony, mas não diretamente, que ele, sim, é fino; a Danusa não. Quem é chique não se mete a falar do que não entende, então eu fico por aqui.
Os pedreiros da obra do meu vizinho não se contentam em me acordar às marretadas. Pelo visto, agora também resolveram enriquecer a minha cultura radiofônica à base de muito Eli Corrêa, o dia inteiro. Socorro! (Os sinos! Os sinos!)
Mas eu não me rendo! Jamais! Callas e Caballé estão aqui ao meu lado, Bethânia no ataque, Chico na retaguarda e Clara Nunes pedindo ajuda ao santo enquanto Elizeth & Zimbo Trio balançam na sucata, mas não caem. Se não bastar partirei para o ataque em massa; quero ver quanto tempo eles agüentam ouvindo ABBA e Barbra Streisand!
É a guerra!!! Cadê os meus clarins?
Fotos! Muitas fotos da parada que eu organizei para o seu deleite.
Modéstia à parte, estão boas prá cacete! =)
Eu gostei particularmente da foto da mãe com o filho porque me lembrou da minha. E várias outras mães e pais que estavam ali pulando, junto ou não dos filhos; gente que tem consciência do quanto um colo faz diferença na hora de enfrentar o mundo.
Ah, a galeria tá com os comentários abertos, então se joga! Só não vale descer do salto, bi. E se a sua foto estiver ali, deixe um recadinho prá gente. Obrigado! ;)
Eu sei, eu disse não. Depois de um dia de parada, depois da pouca cerveja, depois da minha libido testada, eu te disse não. Sabe, pode me chamar de louco, mas ali naquela catarse, no meio da rua, não tive vontade; contentei-me em ver a loucura fluir pelas bocas alheias. E foram tantos beijos, alguns apaixonados, outros simplesmente despudorados, livres de tantos grilhões do dia a dia que, atrevidos, não sabiam nem a quem queriam escandalizar — talvez transgressões saudáveis de si mesmos. Confesso que os primeiros foram os que achei mais belos. Eram aqueles que continham um pedaço de tempo parado, um minuto de silêncio em volta de si, uma fermata na cacofonia de todos nós ali festivos. Fiquei encantado.
Quando você me olhou daquela maneira — ah sim, eu senti o teu desejo me alcançar como uma brisa quente — eu me senti menino. Mas não foi a negativa sem graça que a minha cabeça te deu quando você brincou com o meu decoro, nem o sorriso que é em mim tão automático uma forma de mexer com a tua intensidade; deus sabe que eu não sou das criaturas mais pudicas desse mundo. Foi na massagem que fiz em tuas mãos que te respondi em metonímia; você sabe. Ao invés de não, eu dizia a você, eu dizia a mim mesmo que não seria assim; eu não iria te beijar escondido em um banheiro de bar, eu não iria acordar na tua cama só prá te ver partir. Não ontem. Outro dia, talvez, provavelmente até, mas não ontem. Eu estava de bem com os meus fantasmas, ontem eu cuidava dos meus sonhos. E os meus desejos que você talvez pensou pequenos eram na verdade tão grandes que você poderia jamais corresponder; ontem eles eram diferentes dos teus.
Eu sei que falo de maravilhas. Então não me pense pouco, não fique sentido se eu disse não porque ontem eu te dei um carinho muito especial; ali, eu te dei o amor que eu mesmo queria, um amor que, embora em sua expressão contida e por isso mesmo, é tão grande que não cabe em mim.
FELIZ ANIVERS�?RIO, WENO!!! :o)
Prá você, meu querido, só o que há de melhor:
Superpiruetas, arquicambalhotas, maxipirulitos, ultravioleta… bravo, bravo!
Sim, eu acredito piamente no amor, mas acho que a questão hoje não é bem essa. Mais do que no substantivo excessivamente abstrato, a dificuldade está no verbo: amar. Quem acha que amor e amar estão ligados pela equivalência, cedo ou tarde descobre que pelo emprego desajeitado do segundo muitas vezes desvirtuamos o primeiro, e que o primeiro lentamente redefine o segundo.
Você sabe amar? Eu não quero saber se você sabe o que é o amor. Todo mundo sabe o que é o amor, mesmo que não consiga dizer uma palavra sobre o assunto, e isso porque o amor é algo tão inerente à nossa condição animal que muito antes de ser romântico ou apaixonado ele é um fator de sobrevivência social. Mas e amar? Amar não deveria ser simplesmente o exercício do amor? A extensão, para o convívio, de um pressuposto emocional, uma condição primária que baseia todo um universo de sentimentos? Eu acho que não; amar é muito mais complexo.
Veja, hoje é dia dos namorados e muita gente por aí se martiriza por estar sozinho. E muitos caem nas armadilhas do amor, ou melhor, do amar tentando suprir uma carência que é essencialmente pessoal. Mas antes que você resolva cortar os pulsos ou decida que aquele(a) moço(a) lindo(a) da boate é o amor da sua vida, pare um pouco e sinta: procure primeiro em você os motivos para amar, deixe que o seu desejo flua, mas antes de mais nada, deixe que ele seja apenas isso, desejo, porque o desejo não tem razão de ser, nem competência de ser amor. Enquanto isso, ame em você um amor que é só seu. Quem sabe assim você acerta a mão.
Se eu fosse contar as vezes que já enfiei os pés pelas mãos ficaria deprimido! O que me salva (e por vezes me atrapalha) é o meu desejo de acertar. Mas não tem problema, eu e o amor temos um conhecimento íntimo um do outro e o que passou é o que me faz compreender que não saber amar é a regra, ninguém nasce sabendo. E que amar é o ofício do artesão, que dedica vida e espírito à tarefa diária de dar corpo e sentimento à emoção que traz na alma.
A melhor companhia prá se assistir um filme de bruxos não poderia ser outra, senão uma bruxa! ;)
Cadê minha varinha?
Procuro imagens, reviro sonhos, encontro sons; as palavras são sempre inúteis. Tudo o que há em mim é um universo de amores e paixões por ti tocado. Do dia em que apareceste em minha vida, coração, só posso crer que foi um sonho. Sonho daqueles pedidos, rezados, que a gente espera quando deita um dia difícil no travesseiro. Mas és muito mais, pois fazes parte da realidade; teu amor, tão presente quanto a luz do dia. Pego tua mão na minha e teus sonhos como se fossem meus, mais um punhado de estrelas. Se me fores dado o teu sorriso, mil vezes sorrirei contente.
Eu não sei o que queria o destino quando cruzou nossos caminhos, mas ele sorria.
Como se o problema do dia
Não fosse a carência da Lua
Mas o sobejo do Sol
E a insolação fosse
O medo do escuro
É no excesso
Que me vem a falta
Na abundância de mim
Eu me guardo, eu me perco
Buscando a sobra
Dos outros
Vai meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão
De correr assim
Desse frio
Mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão
Pede perdão
Pela duração (Pela omissão)
Dessa temporada (Um tanto forçada)
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que eu vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
E se puder me manda
Uma notícia boa
Tem vez que é assim — e dói —, essa coisa renitente, esse tunel sem luz no fim. Nessas horas, ainda bem que há o samba; a irmã na roda, o cavaco e o tamborim, a mãe do lado. O que me faltam são uns olhos rasos d’água. Quem sabe um dia?
Passava o dia percorrendo as praias. Tinha os olhos aguçados, os ouvidos atentos e os reflexos de um gato; era forte e encarava com uma seriedade quase religiosa a sua missão: tinha sempre que estar pronto a salvar vidas. Durante anos a fio as areias lhe trouxeram pegadas que seguiu sinceramente preocupado, envolvido como se os passos fossem seus, enquanto os ventos sopravam toadas em sua boca cada vez que o sol se punha às suas costas. Sons cheios de mar.
Um dia, não se sabe quando, cansou de andar pelas areias olhando a imensidão da praia e virou seu rosto para as águas bem ali ao seu lado. Espantado, viu que alguém se debatia entre as ondas e, como por instinto, lançou-se em seu auxílio. No entanto, hesitou; para o seu desepero, de repente se deu conta, tristemente: esqueceu que não sabia nadar.
O susto. O tremor do pulso tenso. O peito que salta em suicídio e não cai. O medo. O silêncio. Será que você não percebe que não importa o meu desejo? Ainda assim eu me preocupo, do mesmo jeito. Mas muda o que há em mim; arde a vida e o meu contínuo sentimento eu reinvento.
Então não quebre esse coração; tome tento!
Tá, tá, tá bom! Tá aqui a mão, pode descer a palmatória! :P
Eu fui na porra do site, assim que vi o que a Beth publicou. Fui seco, crente que ia acabar com essa história de me chamarem de Ricky Martin — não que eu não goste, na boa, mas assim, viagem, vai?
Pois então, me fodi grandão; não deu outra!
Agora, vamos combinar, como é que alguém consegue colocar num mesmo balaio Leonardo di Caprio, Samuel L. Jackson, Quentin Tarantino, Morgan Freeman e Christopher Reeve? Fala sério!
Não, o Beckham e o Damon pode deixar no meu balaio mesmo. Tira a mão daí!
E por falar em homeopatia, se você pensa que eu vou ficar ligando de meia em meia hora prá ver se você resolveu ligar essa porra desse celular, tá é viajando. Liga essa secretária eletrônica, ativa essa caixa-postal, caralho! :P
[20 bolinhas de Sinudoron e 25 bolotinhas de Rinidon, a cada duas horas]
Eu tenho certeza de que a homeopatia só ganhou o status de uma ciência médica séria com o advento do relógio digital com alarme. Du-vi-de-o-dó que alguém conseguiu provar alguma coisa antes disso! Imagina, um grupo de pesquisa: 150 pessoas, 30 tomando Hydrastis canadensis D4 (15 gotas a cada 2h), 50 tomando Atropa belladona D6 (23 glóbulos a cada 3h), 40 tomando Quercus robur TM (18 gotas e 3/4 a cada 3h22’56”) e 30 manés só na água com açúcar. Agora controla a patota e cruza os dados. Te mete! :P
Bem que eles podiam fazer bolinhas maiores, pelo menos.
“É que eu preciso de ar mesmo”, ela disse — e disse tudo. Sabe, com o tempo desaprendi a não ser eu mesmo. Não que antes eu não fosse, mas hoje sou mais… preciso, e tudo o mais soa como papéis que você se vê obrigado a vestir de acordo com a ocasião. Não quero! Nessas você fecha prá caramba o seu leque de convívio; um mal (mal?) necessário.
Disguise, ou alterar a aparência de algo para esconder, disfaraçar sua identidade ou verdadeira natureza. Isso fora o medo, a insegurança, a incerteza, a carência, o desejo, esses monstrinhos que se revezam como em um ringue de luta-livre quando você menos espera. Meu coração não suporta o peso sufocante de fantasias e disfarçes — eu e meu pendor para o (lírico-)dramático.
Pequi morreu. :’-(