love deluxe

kiss of life
(Sade Adu / Matthewman / Hale / Denman)

there must have been an angel by my side
something heavenly led me to you
look at the sky
it’s the colour of love
there must have been an angel by my side
something heavenly came down from above
he led me to you
he led me to you

he built a bridge to your heart
all the way
how many tons of love inside
I can’t say

when I was led to you
I knew you were the one for me
I swear the whole world could feel my heartbeat
when I lay eyes on you
ay ay ay
you wrapped me up in
the colour of love

you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss that’s like
the kiss of life

wasn’t it clear from the start
look the sky is full of love
yeah the sky is full of love

he built a bridge to your heart
all the way
how many tons of love inside
I can’t say

you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss that’s like
the kiss of life

you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss that’s like
the kiss of life

you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss that’s like
the kiss of life

you wrapped me up in the colour of love
must have been an angel came down from above
giving me love yeah
giving me love yeah

you gave me the kiss of life
kiss of life
you gave me the kiss that’s like
the kiss of life

Até de noite aqui faz sol. Tanto, de fato, que eu perco o prumo, a hora — mas não o tato — e tardo a minha presença de feliz aniversário. Mas não falha o amor que este, como os beijos, sempre é muito e nunca demais.

É a Rita quem (me) diz

Agora Só Falta Você
(Rita Lee / Luiz Sérgio)

Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você
E em tudo que eu faço
Existe um porquê
Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci prá saber
Prá saber o quê
E fui andando sem pensar em mudar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Prá dizer que aquele sonho cresceu
No ar que eu respiro
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou
Agora só falta você!
Agora só falta você!
Agora só falta…

Lindona passou aqui pelo meu cangote me ameçando. Avisou que se eu não disser que tô beijando na boca ela vai contar por aí que eu tô “na esbórnia”. E como se não bastasse a mãe ainda tem a filha, do mesmo quilate — essa mulherada não é mole! Se eu esbornear o tanto que a torcida clama, rapaz, tô feito! :D

Mas eu sempre preferi fazer do que falar… ui!

É doce morrer no mar

É muito fácil cair no encanto de (im)possibilidades que corre pelas águas desta cidade. Luz de olhos a sorrir — ou não — e a dançar que é, de fato, o mesmo feitiço auto-imposto e latente de uma vontade que eu trago e saboreio; é na minha calda de limão azeda e doce com um quê final de amargo que ora eu me traduzo. Mas se o dia deixa um travo no fundo da língua da noite, na luz do sol toda essa névoa se dissipa e traz a vida sua qualidade mais sutil e necessária de amar-se antes e acima do encanto outro; é ser narciso sem contudo ser alheio.

O barco que navega à noite acredita apenas na água que o cerca, pois tem no recife distante tanto o brilho do farol certo quanto o canto de sereia traiçoeiro. Seguir os passos do desejo é uma escolha nem sempre consciente, mas há de se saber os ciclos da própria maré se o que deseja é lançar-se do porto.

Otto, o gato

(ou, o amo e senhor todo poderoso deste lar)

A quem interessar possa, o gato mais genioso, chantagista, tímido, desconfiado e calado que eu já vi conversa comigo, fica no meu colo, aceita cafuné, me cheira e fica me observando através daqueles olhões cor de mel no meio da cara peluda e amassada. Te mete! ;)

Instantâneos solares

Dia 20, terça-feira, foi dia de São Sebastião, padroeiro da cidade maravilhosa. Também foi dia das boates gays daqui arrumarem encrenca com a diocese. Imaginem vocês uma leva de go-go boys todos rebolando com aquela fraldinha e marcas à guisa de São Sebastião flechado — e eu nem fui nas festas. Ninguém mandou a santa ser padreoeiro também da bicharada. Nessa cidade, muito apropriado…

Mas dia 20 foi aniversário da minha mãezinha, o que já é outra história. O primeiro em uma vida que eu passo distante. Obrigado, Graham Bell. Que a véia tenha ainda muitas rodas de samba pela frente! Amém!

Quatro dias ininterruptos de sol e tudo vai bem. Não fosse o sotaque carioquêish e eu pensaria que tô no nordeste. Mas parece que lá tá chovendo, não? Uma tal de frente fria. Aqui não tem frente fria, não. Nem na frente, nem atrás, tá tudo q… deixa prá lá.

E Ipanema decididamente é um espetáculo à parte. Aquele Posto 9 e sua famigerada R. Farme de Amoedo deixam a Augusta no chinelo. Vários meninos do Rio e várias garotas de Ipanema. E também, por que não, várias meninas do Rio e vários garotos de Ipanema. Gradação aí­ no meio é o que não falta! “Eu rogo prá Deus proteger-te”, já dizia Caetano, porque a gente vê que eu mesmo não vou proteger é ninguém, muito, mas muito pelo contrário mesmo! Onrron!

E o que eram aqueles dois, negão e neguinha, ambos de piercings nos mamilos, combinando? É, os quatro mamilos à mostra, assim, bem entendido — será que ela já ouviu falar da prolactina? E o neguinho… neguinha… — tanto faz! — de sunga fio dental vermelha com babadinho e piercing de brilhantes no umbigo? Sensacional! Aquilo não é nem sui generis mais. Sei lá, prá quê definir?

E depois de uma semana no Leblon quedo-me aqui em Copacabana. Eu mais a Princesona do Mar. Tudo de bom ponto com. Tava morrendo de saudade daquela risada. :)

Prá inglês ver

Três dias seguidos de sol e brisa??? Sei não, acho que errei de cidade. Tem certeza de que aqui é o Rio? :P

Saindo à francesa

Saí. Parti quase sem dizer tchau. Já tô com saudade de uns, ainda de outros e continuo precisando conversar seriamente com um ou dois amigos — não que eu não tenho tentado. Em todo caso, não vou entupir o DDD alheio com minhas pendências. E por falar em pendências, São Paulo ficou lá longe, anteontem. Três dias tentando colocar a casa em ordem e o melhor que eu fiz foi enfiar o maior número de camisetas coloridas possível na mochila e picar a mula — as pendências, ora, não vão a lugar nenhum.

E eis que da noite fez-se o dia e o Rio de Janeiro se fez multiplamente presente por todos os lados. Um Rio impossível, com seus taxistas insuportáveis e seus motoristas de ônibus incontroláveis. Um Rio abusurdo, com seus celulares à beira da sunga, seus pseudo-atletas de camiseta polo — diacho, isso não era coisa de paulishta? —, seus gringos de um vermelho-beterraba que dói na gente só de olhar, seus postos da praia que agora cobram R$ 1,00 a chuveirada — pô, cumpadi, sacanagem aê! Um Rio inconstante, com suas manhãs de sol, suas tardes molhadas e maré virada. Um Rio de beleza praiana, com seus corpos esculpidos ao sol, malhados e brilhantes de suor. Um Rio querido, de amigos saudosos e sumidos. Um mesmo Rio de todos os dias, acredito, àqueles que não vêem o que eu vejo, mas que não são os meus e, portanto, um Rio encantado, cheio de Tom.

Aprendo a dizê-lo meu e abraço, beijo, toco-lhe os dedos com um anel de lua e estrela, observo seus morros a sustentar-lhe os céus da minha janela de olhos aberta, sem gelosia. Acenda o refletor, apure o tamborim, aqui é o meu lugar, eu vim.

E você que é do Rio, você com quem vez ou outra eu converso, que tal mandar um e-mail para cantato, deixar um bilhete, um recado num pedaço de guardanapo prá gente se conhecer além desse traço incompleto e cibernético?

A.cor.dar

Não lembro quando foi que eu recebi um e-mail que brincava com a origem da palavra “acordar”. Separando suas sílabas, o texto defendia que a-cor-dar significava dar de coração, ou colocar o coração naquilo que se faz, sê-lo inteiro. Apesar do formato e-mail-auto-ajuda-corrente-cuti-cuti-gracinha que — não minto — me dá nos nervos, prá não dizer no saco, gostei da idéia.

Mas tem um porém. Dar-se, dar-ser mesmo, de coração, inteiramente, só é verdadeiro quando não esperamos nada em troca. Nada mesmo além de, talvez, um obrigado. E eu não estou falando de favores, de presentes, de atenção. Não, é muito maior, é dar-se ao mundo, à vida e aos seus tapas ciente — consciente e inconscientemente — de que o único reconhecimento de que você precisa é o que você já tem e vai encontrar em você mesmo. Amor próprio? Hoje eu tiraria até o amor da brincadeira. É só o próprio e é difícil prá caralho. Mas eu chego lá.

Quando 2002 acabou eu saí de férias e por vontade fui viajar prá ficar sozinho. Visitar amigos, sim, mas percorrer as ruas de ourta cidade, olhando rostos, acompanhando passos desconhecidos, seguindo a vida de lado. Conversa. Meus pés andaram o meu caminho, mas, depois de tanto tempo, sem que eu os controlasse, sem que eu tivesse conta.

Já faz um ano e eu continuo acordando, aprendendo a despertar sem força. Não que eu não tente, pois é da minha natureza querer que o sonho obedeça ao meu comando. Ele, no entanto, meu inconsciente, é mais teimoso do que eu e resiste bravamente às rédeas. E diz: “Basta! Agora chega! Agora você escuta e eu falo.” E eu sonho até que enfim, não com histórias, mas com caminhos e respostas que nem sempre entendo. Sonho com pequeninas chaves e imensas portas. E me sinto um grande idiota porque a porta enorme e colossal que eu esmurrava e à qual bradava e pedia entrada tinha sua chave logo ali sob o capacho. Acabou 2003 e eu tropecei no capacho. Achei a chave — muito menor do que eu imaginava —, estou abrindo a porta aliviado — não sei dizer que tamanho ela tem. Dou a mão ao sonho e entro tranqüilo no escuro — e viajo outra vez. Vou acordar quando for a hora.

Tem sempre algo no dial

Devotion
(Tracy Chapman)

If I am right
If I can be
Constant and faithful
You’ll find me

In my devotion
In my devotion

What if you find a fault
Between my purpose and my deeds
And deem me beyond salvation
Judge me to be unworthy

Of your devotion
Of your devotion

If this be obsession deliver me
A passing infatuation deliver me
A feeling lacking in purity deliver me
A test of fidelity deliver me
Deliver me
Deliver me

What if I should find
You’re no good for me
What if I can’t be strong enough
What if I can’t break free

Of my devotion
Of my devotion

A boa e velha auto-defesa

Não, não é impressão sua, eu não lido muito bem com rejeição, embora esse não seja exatamente o ponto. Eu lido muito bem com quem não liga a mínima prá mim — aí, não faz diferença, entende? O que me incomoda é a proximidade ausente, displicente. Mas que direito eu tenho além de ser apenas quem eu sou, de sentir apenas o que eu sinto?

Nem tanto a mim, nem tanto aos outros. Não consigo escrever exatamente o que sinto — apenas sinto —, somente o que eu penso. Ah, e como eu penso. Penso demais, eu sei! Será que existe o meio termo que não aperta o laço, nem desvia o passo? Estou tentando apreder a não prender e a não ser prendido, mas ainda assim é como ser um pouco leviano.

Tristesse

Vamos lá, um título melodramático. Mas eu sou dado a um melodrama, todo mundo sabe disso. No entanto, todo mundo sabe — ou deveria saber, pelo menos aquele círculo mais próximo — que a minha intensidade não é pequena e que eu cuido, me preocupo e faço questão de exercitar o meu carinho pelos meus íntimos. Mas eu não suporto ser esquecido.

Tiro a roupa do meu corpo, mudo meus horários, cedo a própria cama a um amigo — não um conhecido, um colega, mas aquele a quem você confia a própria vida — porque eu dou muito valor, valor demais, percebo, à proximidade de quem me é caro. E erro, violentamente, achando que a recíproca — qualitativamente, nem quantitativamente — seja verdadeira.

Pois bem… eu não fiz promessas de Ano Novo, nem vou fazê-las, mas tem algo que mudou essencialmente em mim e a dor do aprendizado é grande demais para que eu o esqueça: eu só estou aqui prá quem merece. Ponto. Não interessa o quanto você gosta de mim, o quanto você me ama, o quanto a gente se conhece, se você não tem competência prá demonstrar isso, então, foda-se. Com todas as letras, F O D A – S E. Te amo, te quero muito, muitíssimo bem, isso não muda, mas se vira porque ninguém se virou por mim e eu não vou me virar por você. Só eu sei o quanto me dói uma postura dessas e ela vai completamente contra a minha natureza, mas a quantidade de energia que eu já desprendi por gente que, na prática, cagou prá isso dava prá iluminar um estádio. E prá quê? Prá ouvir um “ai, desculpa”, um “mas eu achei”, um “nem imaginei”? Pois é. O problema é que eu penso, eu lembro, eu imagino. Quer dizer, imaginava e, portanto, o erro é meu. Corrijo-o, pois, dizendo que acabou. Acostumou? Desacostume. Existe apenas uma coisa que supera a minha disposição, a minha disponibilidade, acho eu, e é a minha capacidade de me virar ao meu extremo e egoísta oposto. Quero ver quem tem culhões de contestar o que é, ao fim e ao cabo, minha auto-preservação. Acabou, entendeu? E eu estou muito bem assim, obrigado.

Espadinhas de Iansã

Menina! Mas não é que eu passei por um vaso ainda essa semana e lembrei de você? Providenciarei, providenciarei… (a coisa já tá tão manjada que ela nem espera, já vai pedindo)

Um instante, Maestro!

Qual é a música?

“…Quem te inventou, meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando fez careta
Porque, mulata, tu não és deste planeta…”

Você certamente conhece essa música, mas provavelmente não esta estrofe. Quem falou O teu cabelo não nega, de Lamartine Babo e irmãos Valença, acertou. Isso porque a única parte que os bailes de carnaval se dignam a tocar é o estribilho, infelizmente.

O que é capaz que você também não saiba é que Lamartine Babo nasceu no dia 10 de janeiro de 1904, no Rio de Janeiro, Tijuca — mesmo ano da fundação do seu time favorito, o América — e foi um dos compositores mais versáteis de sua época. Começou a compor aos 14 anos — lá pelos idos de vovó menina — com uma valsa. Compôs também operetas e, quando no Colégio São Bento, dedicou-se a músicas religiosas. É ele o autor de vários dos hinos dos grandes times do futebol brasileiro, mas foi como O Rei do Carnaval que ficou conhecido, graças às suas marchinhas divertidas e bem humoradas — assim como ele próprio, irreverente. Seu amigo e parceiro João de Barro, o popular Braguinha, disse certa vez: “Costumo dividir o carnaval em duas fases: antes e depois de Lamartine”. Compositor de belas canções como No rancho fundo — não! não é de Chitãozinho e Xororó! —, Eu sonhei que estavas tão linda e Serra da Boa Esperança, Lamartine de Azeredo Babo faleceu no dia 16 de junho 1963, no Rio, e estaria completando 100 anos no sábado.

Mas o que você não tem nem idéia é que eu, a mulatacof! cof! cof! — e mais duas pessoas faríamos uma pequena participação cantando em flashes durante o programa Metrópolis, da TV Cultura, amanhã, se a equipe de gravação não nos tivesse deixado esperando por uma hora, se não tivesse chovido e se a produção — seja lá quem for — tivesse se lembrado de *pedir* a porra da autorização para filmar no vão do MASP. Certamente, Lalá faria deboche. É de lascar…

Minha vida é uma grande novela

(ou, alguém tira esse roteiro da mão do Manuel Carlos, pelamordedeus!)

Vai vendo. Primeiro Capítulo. Protagonista conhece — vamos dar um desconto pro termo, ok? — Fulano na internet através de um famoso site de encontros. A conversa começa como quem não quer nada, sorrisos se abrem, lisonjas são trocadas, algumas semelhanças, perguntas, respostas e aquela sesanção de que não importa quanto os anos andem, você sempre tem um pézinho na adolescência. Telefones são anotados. Mas como Fulano tem um compromisso tudo fica para um próximo capítulo. Nas últimas cenas, Fulano apresenta Sicrano, seu irmão um pouco mais novo e sorri abertamente ao ouvir que beleza pode até ser um mal de família, mas que ele é mais bonito.

Os dias passam. Nosso herói telefona, mas ninguém atende. A novela continua enquanto goza de bom ibope.

Alguns dias depois os caminhos novamente se cruzam, mas dessa vez com Sicrano, o irmão mais novo, que se mostra ainda mais comunicativo e demonstra que, além de bonitos, os irmãos têm as mesmas predileções, elevando em alguns anos a classificação etária da novela. Nosso herói que se vê em situação delicada se vira como pode e pergunta por Fulano, mas Sicrano não se mostra muito interessado no irmão. O telefone é inútil.

No capítulo seguinte nosso herói novamente encontra com Fulano que, num acesso de ciúmes se recusa a conversar e diz, magoado, que o protagonista prefere seu irmão. Inúteis são os apelos — hein? — do paladino que afirma o contrário e evoca as cenas do primeiro capítulo em seu testemunho. Fulano não o ouve…

Corta! O galã pede demissão, chuta o roteirista, rasga o seu contrato e muda de profissão. Rindo. Ah, qualé? É que a temática é muito mais apropriada a um seriado gay mais ou menos realista, mas eu diria tranqüilamente que por uma traquinagem do espaço-tempo meus dias incorreram em alguma dimensão paralela muito parecida com o Vale a Pena Ver de Novo. De tanta graça que isso tem, não tem nenhuma. Não fossem as pessoas maravilhosas que eu já conheci por essa via eu diria que aqui só tem maluco!

Pensando bem…

O mesmo bat-horário, no mesmo bat-céu

Será que toda terça-feira agora é dia de arco-í­ris redondo? É, que nem foi semana passada! E você nem olhou pro céu? tsc, tsc, tsc…

E aí, barbudo? Isso é mesmo uma promessa?

circuladô de fulô ao deus ao demodará que deus te guie
porque eu não posso guiá eviva quem já me deu
circuladô de fulô e ainda quem falta me dá

Quase nenhuma vontade de escrever. As palavras batem asas dentro da minha cabeça, mas nenhum assunto parece digno de nota. Ou isso ou a preguiça de alinhar o pensamento beira a hibernação. Os (re)encontros parecem próprios às pessoas e não ao blog. O espírito crítico antecipou a viagem de férias, bateu asas e voou. Sinto-me muito mais interessante que estas parcas linhas, então por que escrevê-las?

Permanecer — a palavra é muito mais apropriada que simplesmente “ficar” — sozinho nos feriados de fim de ano deve ser um arte de origem monacal. Eu, sinceramente, espero não adquirir experiência suficiente para aprendê-la.

Você voltou, já não era sem tempo! Sua casa já era a minha, mas não era a mesma sem você. Te amo muito, muito, muito mesmo.

Você está ótimo, brigadeiro! No ponto, eu diria. O recheio está tão feliz quanto o granulado e o sorriso confeiteiro? Tomara que sim.

E essas luzes, Estrela D’Alva? Roubou da terra dos homens que falam com biquinho? Abalou Paris, não foi? Aprender a voar é um pulinho.

Como tentar falar sem sucesso com pessoas me cansa. Melhor evitar a fadiga. Mentalizo tudo de bom e seja o que deus quiser.

Decididamente, essa história de publicar colchas de retalhos não há de virar um hábito. Já me bastam meu pensamento em mosaico, minha imaginação febril e meus hormônios superlativos.

E estes títulos estróficos, então? Já me vejo atacando decassilabicamente: As armas e os barões assinalados… E era uma vez a síntese.

E a você, meu grande amor desconhecido e não-linkado, devo dizer que então tá combinado é quase nada, é tudo somente sexo e amizade. Enquanto você brinca de esconde-esconde eu brinco de verdade. E se você me encontrar por aí, dê sinal, deixe um cartão — em formato de beijo, com cheiro de flor — prá quando o carnaval chegar. De nada adianta meus olhos de lince e minha mira dos diabos se esta indiscutível vocação prá encrenca torna todos os gatos no lodo da noite extremamente pardos — no Rio, então, suspeito indiferençável seus gatos, suas lebres e seus lobos em pele de cordeiro. Eu não vou desabrochar nenhuma flor-de-lótus na marra que ninguém merece, muito menos eu.

É verão.